quinta-feira, 7 de março de 2019

LIVRO PALAVRAS DE VIDA ETERNA - CAP. 153 - CONCEITO DE SALVAÇÃO - MARIA - 07/03/2019

CONCEITO DE SALVAÇÃO

“... Eis agora o tempo sobremodo oportuno, eis agora o dia da salvação.” – Paulo. (II Coríntios, 6:2).


Salvar, em sinonímia correta, não é divinizar, projetar ao céu, conferir santidade a alguém através de magia sublimatória ou fornecer passaporte para a intimidade com Deus.
Salvar, em legítima significação, é “livrar de ruína ou perigo”, “conservar”, “defender”, “abrigar” e nenhum desses termos exime a pessoa da responsabilidade de se conduzir e melhorar-se.
Navio salvo de risco iminente não está exonerado da viagem, na qual enfrentará naturalmente perigos novos, e doente salvo da morte não se forra ao imperativo de continuar nas tarefas da existência, sobrepujando percalços e tentações.
O Evangelho não deixa dúvidas quanto a isso. Pedro, salvo da indecisão, é impelido a sustentar-se em trabalho até a senectude das forças físicas. Paulo, salvo da crueldade, é constrangido a esforço máximo, na própria renovação, até o último sacrifício Se experimentas o coração chamado à verdade pela Doutrina Espírita, compreendamos que a salvação terá efetivamente chegado até nós. Não aquela que pretende investir-nos, ingenuamente, na posse de títulos angélicos, quando somos criaturas humanas, com necessidade de aprender, evoluir, acertar e retificar-nos, mas sim a salvação no verdadeiro sentido, isto é, como auxílio do Alto para que estejamos no conhecimento de nossas obrigações, diante da Lei, dispostos a esposá-las e a cumpri-las.
Sobretudo, não nos detenhamos em frases choramingueiras, perdendo mais tempo sobre o tempo perdido. Reconheçamos com o apóstolo eu “o tempo sobremodo oportuno” para a salvação ou, melhor, para a corrigenda de nossos Eros e aproveitamento da nossa vida, chama-se agora.

sábado, 23 de fevereiro de 2019

LIVRO PALAVRAS DE VIDA ETERNA - CAP. 152 - DESCANSAR - MARIA - 23/02/2019

DESCANSAR

“E ele disse-lhes: vinde vós, aqui à parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco; porque havia muitos que iam e vinham e não tinham tempo para comer.” 

( Marcos, 6:31 )

Pressa e agitação caracterizam o ambiente das criaturas menos avisadas em todos os tempos.
Na época de Jesus, muita gente já ia e vinha aqui e acolá, sofrendo a pressão de exigências da ida material, acreditando não dispor de tempo para pensar.
Isso fez que o Mestre se dirigisse à multidão, exortando: “vinde vós, aqui à parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco”.
Entretanto, assim como aparecem os que exageram as próprias necessidades, caindo em precipitação, temos os companheiros que se excedem no descanso, encontrando, a cada passo, motivos para a fuga do dever a cumprir. À vista de embaraços mínimos, declaram-se fatigados, desiludidos, deprimidos ou enfermos, e param a máquina do serviço que lhes compete, recolhendo-se à inércia, com o pretexto de meditação, refazimento, virtude ou prece. Para isso, muitos dizem que o próprio Jesus aconselhou o repouso e a oração, esquecendo-se de que o Senhor reconstituía as forças no retiro, a fim de tornar ao serviço e prosseguir trabalhando...
Nesse sentido, convém recordar as palavras textuais do Evangelho. Jesus não afirmou: repousai quanto quiserdes, mas sim, repousai em pouco.

domingo, 17 de fevereiro de 2019

LIVRO PALAVRAS DE VIDA ETERNA - CAP. 151 - ROGAR - MARIA - 17/02/2019

ROGAR

“ ...Não se faça a minha vontade, mas a tua.” 

Jesus. (Lucas, 22:42).

É comum a alteração de votos que formulamos, de planos que fazemos.
Vários propósitos que se nos erigiam na alma, por anseios aflitivos do sentimento, caem, após realizados, nos domínios do trivial, dando lugar a novos anseios.
Petições que endereçamos à Vida Maior, em muitas ocasiões, quando atendidas, já nos encontram modificados por súplicas diferentes. O que ontem era importante para nós costuma descer para linhas da vulgaridade e o que desprezávamos antigamente, não poucas vezes passa à condição de essencial.
Forçoso, desse modo, rogar com prudência as concessões da vida.
Poderes superiores velam por nossas necessidades, facultando-nos aquilo que nos é efetivamente proveitoso.
Em circunstâncias diversas, acontecimentos que nos parecem males são bens que não chegamos a entender, de pronto, e basta analisar as ocorrências da vida para percebermos que muitas daquelas que se nos afiguram bens resultam em males que nos dilapidam a consciência e golpeiam o coração.
Todos possuímos amigos admiráveis que se comovem à frente de nossas rogativas, empenhando influência e recurso por satisfazer-nos, prejudicando-se, freqüentemente, em nome do amor, por nossa causa, de vez que nem sempre estamos habilitados a receber o que desejamos, no que se refere a conforto e vantagem.
Aprendamos, assim, a trabalhar, esperado pelos desígnios da Justiça Divina sobre os nossos impulsos.
Importante lembrar que o próprio Cristo, na fidelidade a Deus, foi constrangido também a dizer: “Pai, não se faça a minha vontade, mas a tua”
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sábado, 2 de fevereiro de 2019

LIVRO PALAVRAS DE VIDA ETERNA - CAP. 150 - SEMPRE AGORA - MARIA - 02/02/2019

SEMPRE AGORA

“... eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação.”

Paulo. (II Coríntios, 6:2 ).

Há também uma sinonímia para as estâncias da vida e oportunidades da alma.
Todas as circunstâncias significam ocasiões para o cultivo de valores do espírito, como sejam :


saúde - edificação;
moléstia – aprimoramento;
juventude- preparo;
madureza – juízo;
prosperidade – construção;
penúria – diligência;
êxito – serviço;
fracasso – experiência;
direção – exemplo;
subalternidade – cooperação;
regozijo – prudência;
tristeza – coragem;
liberdade – disciplina;
compromisso – fidelidade;
casamento – aprendizado;
celibato – abnegação;
trabalho – dever;
repouso – proveito.


As mais diversas situações do cotidiano expressam a vinda de momento adequado para que venhamos a realizar o melhor.
Não te ponhas, assim, a aguardar o futuro para atender à procura da verdade e à lavoura do bem.
O apóstolo Paulo, profundo conhecedor das necessidades humanas, indica acertadamente o tempo da elevação espiritual como sendo sempre agora.

domingo, 27 de janeiro de 2019

LIVRO PALAVRAS DE VIDA ETERNA - CAP. 149 - TODOS OS DIAS - MARIA - 27/01/2019

TODOS OS DIAS

“...e eis eu que estou convosco, todos os dias, até a consumação dos séculos.”Jesus. 

( Mateus, 28:20 ).

Não te digas sem a inspiração de Jesus para adotar rumo certo.
A atualidade terrestre mostra cientificamente que a comunhão espiritual não depende do espaço ou do tempo.
Podes fitar um orientador da comunidade e colher-lhe a palavra, a longa distância, através da televisão...
Conversar com um amigo, de um continente a outro, com o auxílio do telefone...
Escutar o cantor predileto, que atua de longe, por intermédio do rádio...
Recolher a mensagem de alguém, na tira de um telegrama...
Acompanhar, nas colunas da imprensa, o cronista simpático que nunca viste em pessoa...
Assim também, nossas ligações com o Cristo de Deus.
Jesus não é o mestre ausente ou símbolo morto. Ainda e sempre, é para nós, os que declaramos aceitar-lhe a governança, o mentor vigilante e o exemplo vivo.
Basta recapitular-lhe as lições para refleti-lo. E, ao retrata-lo em nós, segundo as nossas acanhadas concepções, receberemos dele a ideia ou o socorro de que careçamos, a fim de escolher com acerto e agir com justiça.
Prometeu-nos o Mestre, ao falar aos discípulos:
- “Eis que eu estou convosco, todos os dias, até à consumação dos séculos.”
Como é fácil de perceber, o Senhor está conosco, esperando, porém, que estejamos com ele.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

LIVRO PALAVRAS DE VIDA ETERNA - CAP. 148 - NO BOM COMBATE - MARIA - 18/01/2019

NO BOM COMBATE

“Combater o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé”- Paulo. ( II Timóteo, 4:7.)


Nas lides da evolução, há combate e bom combate.
No combate, visamos aos inimigos externos. Brandimos armas, inventamos ardis, usamos astúcias, criamos estratégia e, por vezes, saboreamos a derrota de nossos adversários, entre alegrias falsas, ignorando que estamos dilapidando a nós mesmos.
No bom combate, dispomo-nos a lutar contra nós próprios, assestando baterias de vigilância em oposição aos sentimentos e qualidades inferiores que nos deprimem a alma.
O combate chumba-nos o coração à crosta da Terra, em aflitivos processos de reajuste, na lei de causa e efeito.
O bom combate liberta-nos o espírito para a ascensão aos planos superiores.
Paulo de Tarso, escrevendo a Timóteo, nos últimos dias da experiência terrestre, forneceu-nos preciosa definição nesse sentido. Ele, que andara em combate até o encontro pessoal com o Cristo, passou a viver no bom combate, desde a hora de entrevista com o Mestre. Até o caminho de Damasco, estivera em função de louros mundanos, ávido de dominações transitórias, mas, desde o instante em que Ananias o recolheu enceguecido e transtornado, entrou em subalternidade dolorosa.
Incompreendido, desprezado, apedrejado, perseguido, encarcerado várias vezes, abatido e doente, jamais deixou de servir à causa do bem que abraçara com Jesus, olvidando males e achaques, constrangimentos e insultos. Ao término, porém, da carreira de semeador da verdade, o ex-conselheiro do Sinédrio, aparentemente arrasado e vencido, saiu da Terra na condição de verdadeiro triunfador.