segunda-feira, 23 de novembro de 2009

SEMANA - ESTUDO DO EVANGELHO - CAPÍTULO 9 ÍTEM 10 - MARIA J. CAMPOS


A CÓLERA

FONTE BÁSICA

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo.

1. O que é a cólera?
É a manifestação de um sentimento que se expressa por atitudes rudes e grosseiras, em represália a uma contrariedade qualquer. É a causadora de muitos danos orgânicos que atingem aquele que a cultiva, além de constituir um comportamento antifraterno perante os que o cercam.

“A cólera... nada mais significa que um traço de recordação dos primórdios da vida humana em suas expressões mais grosseiras”.(Emmanuel/O consolador – questão nº 181).

2. É o organismo que determina o nosso proceder?
Não. Quem age e determina o proceder é o espírito, não o corpo. Este, constituído instrumento daquele, poderá dificulta a ação do espírito no bem, jamais, porém, impedi-la.

“O corpo não dá a cólera aquele que a tem, do mesmo modo que não dá os outros vícios”.

3. Por que, então, se costuma atribuir ao corpo físico a causa da cólera?
Trata-se de pretexto que o homem usa para desculpar as tendências negativas próprias de seu espírito, sob a alegação de que é impossível reformar a sua própria natureza.

Muitos assim pensam por ignorarem que reside no espírito a origem de todas as nossas manifestações e ações.

4. Podemos afirmar que físico vigoroso é sinônimo de violência e que físico debilitado ou apático é sinônimo de calma?
Não, pois não são esses requisitos que tornam uma pessoa agressiva ou não, mas o seu espírito que, sendo violento, fará o corpo que o anima também violento.

“(...) persuadi-vos de que um Espírito pacifico, ainda que num corpo bilioso será sempre pacifico, e que um espírito violento, mesmo num corpo linfático, não será brando ”.

5. O que podemos concluir com referencia a origem dos nossos acessos de cólera?
Concluímos que esses acessos partem de nosso espírito, e é a este que devemos dirigir os esforços no sentido de combatê-la, esforços estes que, portanto, dependem da nossa iniciativa.

“Todas as virtudes e todos os vícios são inerentes ao espírito.”daí, o imperativo do constante esforço no seu burilamento.

6. De que forma podemos dominar a cólera?
Através da nossa vontade podemos transformar as energias que emitimos, de modo a torná-las mais serenas, dosando, assim, as nossas reações ante aquilo que os contraria. Por outro lado, as nossas contrariedades são igualmente amenizadas quando usamos de paciência e resignação perante as provações da vida.

“A energia serena edifica sempre, na construção dos sentimentos purificadores” (Emmanuel? O consolador – questão nº181).

7. Onde buscarmos a força necessária?
No Evangelho de Jesus, onde encontramos repertório inesgotável de ensinamentos voltados para nossa reforma intima; e na prece, através da qual angariamos o auxilio do Alto e o equilíbrio renovador.

Residindo a origem da cólera no orgulho ferido, para dominá-la temos que combater justamente o orgulho, mediante a nossa reforma íntima, sob a égide da doutrina do Mestre.


Conclusão:
A verdadeira origem da cólera está no espírito. Este é que pode estar vicioso, não o corpo. Desculpar-se do proceder colérico, alegando mau funcionamento do organismo, é pretexto que se usa para dissimular as próprias imperfeições. Para combatê-la é necessário o homem reformar-se interiormente, mediante o uso da vontade, inteligência e livre arbítrio, dirigidos para o bem.