segunda-feira, 26 de abril de 2010

SEMANA - ESTUDO DO EVANGELHO CAPÍTULO 12 ÍTENS 1 a 4 - MARIA J. CAMPOS




FONTE BÁSICA

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo.

AMAI AOS VOSSOS INIMIGOS

Retribuir o Mal com o Bem

1. Que recompensa teremos em retribuir o mal com o bem?
A recompensa de está com Deus e experimentar uma sensação de paz interior e de indescritível felicidade, estado natural daqueles que fielmente cumprem as leis divinas.

O pensamento malévolo cria uma corrente fluídica que impressiona penosamente; o benévolo, ao contrário, nos envolve num agradável bem estar.

2. Por que devemos amar, inclusive, os nossos inimigos?
Primeiro, que eles nos servem para provar nossa paciência, resignação e capacidade de perdoar; segundo, porque é nosso dever ajudar a se reerguerem, para a senda divina, os irmãos que dela se desviaram.

O amor aos inimigos representa uma das maiores vitórias alcançadas contra o egoísmo e o orgulho.

3. Por que não há mérito em só amarmos os que nos amam?
Porque, quando amamos só os que nos amam, o fazemos por mero dever de retribuição, sem nenhum esforço de nossa parte. Conseqüentemente, não existe aí progresso algum.

Os malfeitores e os criminosos também amam aqueles que lhes são caros. Deus ama a todos nós indistintamente, bons e maus.

4. Qual deve ser, então, o nosso comportamento no relacionamento diário com as pessoas que nos rodeiam?
Devemos tratar a todos, inclusive aqueles com quem não nos afinamos, com a mesma dignidade e respeito que gostaríamos nos dispensassem; fazer aos outros todo o bem ao nosso alcance; e auxiliar sem esperar coisa alguma.

Jesus nos recomendou que amássemos o nosso próximo como a nós mesmos.

5. Amando os inimigos não estaremos apoiando a perversidade e a continuidade do mal?
Não, pois esse amor não tem por fim aprovar suas atitudes, mas sensibilizá-los para a necessidade de se reformarem intimamente. Para isso, é indispensável a nossa paciência e disposição sincera e fraternal em ajudá-los.

O próprio malfeitor se corrigirá do mal, através do sofrimento que experimenta, decorrente de sua má conduta.

6. De que forma podemos amar os inimigos?
Não lhes guardando ódio, rancor ou desejo de vingança; perdoando-lhes o mal que nos causem; experimentando júbilo, em vez de pesar, com o bem que lhes advenha; enfim, retribuindo-lhes sempre o mal com o bem, sem a intenção de os humilhar.

Amar os inimigos não é dedicar-lhes extrema afeição, mas não lhes desejar nada que não quiséssemos para nós próprios. Embora seja difícil amar os inimigos, devemos os esforçar para dar-lhes o mesmo tratamento que dispensamos aos amigos.

7. O que dizer os que vêem no inimigo um ser nocivo, indigno de merecer o seu perdão?
São pessoas incrédulas, que desconhecem a harmonia e a justiça que presidem as leis divinas, as quais nos colocam em convívio com aqueles a quem ofendemos no passado que eu, hoje, nos servem de instrumento de evolução.

O inimigo é a mão que Deus nos dá para demonstrarmos paciência e resignação.

Conclusão:

Não existe mérito algum em só amar aqueles que nos amam, visto que os maus também fazem o mesmo. O verdadeiro mérito está em fazer o bem a quem nos faz o mal; em perdoar e amar os nossos inimigos; em fazer, enfim, o bem a todos, indistintamente, sem esperar retribuição alguma.