segunda-feira, 27 de setembro de 2010

SEMANA - ESTUDO DO EVANGELHO CAPÍTULO 14 ÍTEM 8 - MARIA J. CAMPOS



FONTE BÁSICA

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo.

HONRAI A VOSSO PAI E A VOSSA MÃE

A Parentela Corporal e a Parentela Espiritual

1. Como se explica o vínculo que existe entre um pai e um filho?
O pai fornece ao filho apenas o invólucro corporal, uma vez que o espírito já existia antes da formação do corpo. Se estão unidos, é em razão dos laços de simpatia que já existiam anteriormente ao reencarne.

“O corpo procede do corpo, mas o espírito não procede do espírito.”
“Não é o pai quem cria o espírito de seu filho.”


2. Qual é o dever do pai, com relação ao seu filho?
Auxiliar o seu desenvolvimento físico, intelectual e moral, a fim de fazê-lo progredir, além de orientá-lo na prática do bem.

Filhos são espíritos a quem estamos ligados e que precisam do apoio dos pais para progredir.

3. Como se formam as famílias do passado, como filhos?
Pela união de espíritos ligados por anteriores relações de simpatia, que se expressam por uma afeição recíproca na vida terrena, ou pelo reencontro de espíritos afastados entre si por antipatias anteriores ou cumplicidade no mal, traduzidas por incompatibilidade entre os mesmos.

“Não são os da consangüinidade os verdadeiros laços de família, e sim os da simpatia e da comunhão de idéias”.

4. Podemos ter, então, inimigos do passado como filhos?
Sim. Daí, uma das finalidades da família terrena: proporcionar, pelos laços consangüíneos, reajustes de relacionamento entre espíritos inimigos, atendendo aos reclames da lei de Deus, que é de fraternidade.

“Dois seres nascidos de pais diferentes podem ser mais irmãos, pelo espírito, do que se o fossem pelo sangue.”

5. Como definimos a parentela corporal e espiritual?
A corporal é aquela constituída pelos braços frágeis da consangüinidade e da matéria, que se extinguem com o tempo e, muitas vezes, dissolve-se moralmente já na existência atual; a espiritual é aquela caracterizada pelos laços espirituais, fortalecida pela purificação, e se perpetua no mundo dos espíritos.

“Há, pois, duas espécies de famílias: as famílias pelos laços espirituais e as famílias pelos laços corporais.”

6. Que ensinamento nos transmitiu Jesus, ao dizer: “Eis aqui meus verdadeiros irmãos, referindo-se àqueles que não eram seus parentes?
Que os nossos verdadeiros irmãos são aqueles a quem nos ligamos pelos laços eternos e duráveis do espírito, caracterizados pela estima e simpatia mútua, e não necessariamente aqueles a quem nos vinculamos pelos laços frágeis e temporários da matéria.

Devemos nos esforçar para criar e/ou fortalecer os laços de simpatia entre os que constituem nossa parentela corporal, na atual existência.
Há pessoas que amamos mais do que os irmãos consangüíneos, mesmo nada sendo para nós.


Conclusão:

Os verdadeiros laços de família são os espirituais, não os da consangüinidade, uma vez que são espíritos que se amam ou se odeiam e não os corpos que, terminantemente, habitam. Assim, a nossa família é o ambiente de purificação, para onde somos atraídos pelos laços estabelecidos em existências anteriores.