segunda-feira, 4 de outubro de 2010

SEMANA - ESTUDO DO EVANGELHO CAPÍTULO 14 ÍTEM 9 - MARIA J. CAMPOS



FONTE BÁSICA

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo.

HONRAI A VOSSO PAI E A VOSSA MÃE

Ingratidão dos Filhos e os Laços de Família

1. Qual a causa da ingratidão, no coração do homem?
A ingratidão é provocada pelo egoísmo, sentimento próprio dos espíritos ainda endurecidos, imperfeitos.

A ingratidão é sentimento mesquinho, que magoa quem recebe e provoca graves danos espirituais em quem o pratica.

2. Que explicação se pode dar à ingratidão dos filhos para com os pais?
Quando, na presente encarnação, não há motivo que a justifique, este sentimento pode dever-se a inimizades surgidas em vidas passadas.

Ódios, perseguições e desejos de vingança, não se apagam com a morte, mas atravessam encarnações sucessivas até se extinguirem completamente, dando lugar ao amor.

3. A todo espírito é dada a oportunidade de encarnar como familiar daqueles a quem já odiou, ou por quem foi odiado?
Certamente que sim. Porém, somente os espíritos com algum progresso é que desejam enfrentar esta provação, para entender que, para chegar a Deus, é necessário praticar a caridade, perdoando e esquecendo as injúrias e os ultrajes recebidos.

Aos espíritos mais adiantados é dado entrevejam uma partícula da verdade; apreciam, então, as funestas conseqüências de suas paixões e tomam o propósito de repará-las.

4. Uma vez que o espírito tomou a resolução de encarnar entre inimigos de vidas anteriores, torna-lhe fácil cumpri-la?
Nem sempre é fácil a tarefa. É penoso ao espírito observar aqueles que já lhe foram causa de padecimentos e ruína. Muitos desistem da prova; outros, nos quais predomina a boa resolução, rogam a Deus e aos bons espíritos auxílio, para enfrentá-la e vencê-la.

Ao observar aqueles a quem odiou na Terra, o espírito fica conturbado entre sentimentos opostos de vingança e perdão. “Não há caridade sem perdão, nem o coração tomado pelo ódio.”

5. Como se dá a encarnação do espírito, nessas famílias?
Após anos de meditação e prece, o espírito obtém permissão para cumprir sua prova. Aproveita-se, então, de um corpo em preparo na família daquele a quem detestou, nele encarnado.

A encarnação entre antigos desafetos é oportunidade que a misericórdia infinita de Deus nos concede, para expiar faltas passadas e mais rapidamente chegar até Ele.

6. Uma vez encarnado, que atitude poderá adotar o espírito, para com os familiares?
Seu procedimento dependerá da maior ou menor persistência em cumprir as resoluções tomadas antes de encarnar. Portanto, conforme prevaleçam ou não os bons propósitos, ele será amigo ou permanecerá inimigo daqueles entre os quais foi chamado a viver.

Para se apreender a causa de ódios e repulsões instintivas manifestadas por certas crianças, sem nenhum motivo que os justifique naquela presente encarnação, torna-se necessário volver o olhar ao passado..

7. Como devemos agir diante da ingratidão dos filhos?
Reconhecendo que não foi o acaso que nos tornou seus pais, nem os fez assim. Buscando todos os meios para superar estas dissensões na presente encarnação, através da educação, da orientação para o bem, do bom exemplo e, sobretudo, do amor.

“Não escorraçais, pois, a criancinha que repele sua mãe, nem a que vos paga com a ingratidão...” Mães! Abraçai o filho que vos dá desgostos e dizei, convosco mesmas: Um de nós dois é culpado!”Ensinai aos vossos filhos que eles estão na Terra para se aperfeiçoar, amar e bendizer a Deus.

Conclusão:

A ingratidão dos filhos para com os pais não é fruto do acaso, mas conseqüência de dissensões e ódios em vidas anteriores, que devem ser superados na presente encarnação pelo exercício do amor e do perdão entre os membros da família terrena. Desprezar esta oportunidade significa transferir para encarnações futuras dificuldades que nesta poderiam ser superadas.