domingo, 14 de novembro de 2010

SEMANA - ESTUDO DO EVANGELHO CAPÍTULO 15 ÍTENS 6 e 7 - MARIA J. CAMPOS



FONTE BÁSICA

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo.

FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO

Necessidade da Caridade Segundo São Paulo

1. O que nos ensina São Paulo, nesta 1ª Epístola aos Coríntios?
Paulo nos ensina que a virtude por excelência é a caridade; e que de nada nos vale possuir grandes conhecimentos, ter imensa fé ou distribuir riqueza em favor dos necessitados, se não tivermos caridade.

“Ainda quando eu falasse todas as línguas dos homens e a língua dos próprios anjos, se eu não tiver caridade, serei como o bronze que soa e um címbalo que retine.”

2. Então, fazer doações ao próximo não é caridade?
Nem sempre. Caridade é doar irradiando o amor silencioso, sem propósito de recompensa, desejo de reconhecimento ou espírito de vaidade.

“Quem dá para mostrar-se, é vaidoso. Quem dá para livrar-se do sofredor é displicente... Quem dá para situar o nome na galeria dos benfeitores e dos santos, é invejoso.” (Emmanuel/Vinha de Luz – mens.163).

3. É possível se praticar a caridade e fazer, ao mesmo tempo, o mal aos outros?
Não. A verdadeira caridade se faz acompanhar dos mais nobres e sublimes sentimentos, repelindo instintivamente os sentimentos inferiores.

“Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou odiará a um e amará a outro, ou se prenderá a um e dispensará o outro.”

4. O que se entende por “a caridade é branda e benfazeja”?
Que esta virtude é suave e mansa, voltada somente à prática do bem. Quem a pratica guarda consigo a paz interior e transmite aos outros ao mor fraterno.

“Bem-aventurado todo aquele que cede algo de si próprio a benefício dos outros, ainda que seja tão somente uma palavra de benção para o conforto de uma criança esquecida.” “A caridade é paciente.” “A caridade não é invejosa.”.

5. E, por “a caridade não é temerária nem precipitada”, o que se entende?
Que a caridade é prudente e cautelosa, nunca se apressando em julgar pelas aparências nem agindo de modo impulsivo ou leviano.

“A caridade não suspeita mal.” “(...) não se rejubila com a injustiça, mas se rejubila com a verdade.” “(...) tudo suporta, tudo crê, tudo espera, tudo sofre.”

6. Por que Paulo considera a caridade mais excelente que a fé e a esperança?
Porque “a caridade está ao alcance de toda gente: do ignorante como do sábio, do rico como do pobre, e independe de qualquer crença particular.”.

“Filhos, a estrada real para Deus chama-se Caridade. (...) Caridade para com amigos. Caridade com adversários. Caridade com os bons.
Caridade com os menos bons”. Todas as virtudes são inúteis, sem o veículo da caridade.


7. A caridade, portanto, dispensa a presença de religião?
Sim. O ateu pode ser caridoso e , portanto, bem-visto aos olhos de Deus, enquanto o adepto de uma religião pode não praticar a caridade, infringindo, assim, a divina lei de amor.

As religiões têm função meramente esclarecedora, mas não asseguram a prática das virtudes que nos conduzem a Deus: isto depende de nosso esforço individual.

Conclusão:

A caridade, por independer de recursos intelectivos, de crença religiosa. De fé, está ao alcance de todas as pessoas. Por isso, São Paulo a colocou, tão enfaticamente, acima de todas as virtudes.