segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

SEMANA - ESTUDO DO EVANGELHO - CAPÍTULO 10 ÍTENS 9 E 10 - MARIA J. CAMPOS


O ARGUEIRO E A TRAVE NO OLHO

FONTE BÁSICA

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo.

1. O que Jesus quis ensinar, quando disse: “(...) como é que vedes um argueiro no olho do vosso irmão quando não vedes uma trava no vosso olho”?
Ele nos ensinou que, antes de criticar os defeitos e as faltas cometidas por nosso próximo, devemos examinar nossa própria conduta, fazendo uma reserva crítica do nosso modo de proceder..

É para dentro de nós mesmos que devemos voltar nossa atenção, no sentido de conhecer o nosso íntimo e, assim, corrigir os defeitos e imperfeições.

2. Que mais nos ensina Jesus, quando diz que primeiro devemos retirar a trave de nosso olho, para que possamos tirar o argueiro do olho do nosso irmão?
Jesus nos mostra que, se ainda encontramos dificuldade para nos livrar de nossos defeitos e vícios – que constituem a trave em nosso olho – não devemos, conseqüentemente, ser rigorosos ao exigir dos outros que superem suas próprias fraquezas.

Devido à nossa imperfeição, nos é muito difícil superar as fraquezas e vícios. Lembremo-nos de que com o nosso irmão sucede o mesmo.

3. É comum vermos as faltas dos outros, antes de percebemos os erros que nós mesmos cometemos?
É prática muito comum, fruto do orgulho e vaidade do homem, pois apenas quem não comete erros está apto a apontar as falhas do próximo.

As pessoas de maior progresso espiritual e que menos erros cometem, ao invés de julgar com rigor as faltas alheias, são as mais indulgentes e compreensivas para com as fraquezas do próximo.

4. Que atitude devemos tomar, antes de nos tornar juizes das ações do próximo?
Devemos tentar perceber o nosso íntimo como se fosse uma imagem projetada num espelho, como se estivéssemos examinando uma outra pessoa, e refletir se temos autoridade moral para reprová-lo ou se merecemos críticas mais duras.

Se, antes de criticarmos as ações alheias, fizermos nosso autojulgamento, percebemos que, tal como nós, o nosso irmão precisa mais de auxilio que de censura.Antes de criticar os outros perguntemos a nós mesmos: “ Que pensaria eu, se visse alguém fazer o que faço?”

5. Qual a principal causa que impede ao homem julgar a si próprio, antes que aos outros?
O orgulho, que o induz a dissimular para si mesmo seus defeitos, tanto morais quanto físicos, e a reconhecer-se sempre superior aos outros.

A humildade é a chave que abre ao homem o entendimento de si próprio e o reconhecimento de suas próprias fraquezas, tornando-o tolerante para com as fraquezas alheias.

6. Uma pessoa verdadeiramente caridosa costuma apontar os defeitos do próximo?
Não. Apontar as falhas do próximo é atitude avessa à caridade, pois esta tem, como principal característica, a indulgência do homem para com seus irmãos.

A caridade é sempre humilde. Caridade orgulhosa é um contra-senso, visto que esses dois sentimentos se neutralizam um ao outro.

7. Por que é difícil ao homem reconhecer e valorizar as qualidades alheias?
Porque o orgulho e a vaidade tornam-no presunçoso, a ponto de atribuir importância exagerada à própria personalidade e acreditar na supremacia de suas qualidades.

Como poderá o vaidoso ressaltar em outrem o bem que o eclipsaria em vez do mal que o exalçaria?

8. Qual o principal empecilho para o progresso do espírito e de que modo devemos combatê-lo?
O orgulho, por ser o pai de todos os vícios e a negação de muitas virtudes. Devemos combatê-los através da humildade, que nos faz reconhecer as próprias faltas, e da prática cotidiana da indulgência e da caridade.

Quanto mais reconhecemos nossas próprias faltas, tanto mais indulgentes seremos para com os outros.

Conclusão:
Antes de Julgar os atos do próximo, examinemos com honestidade nossas próprias ações; e, então, perceberemos que também cometemos faltas e necessitamos da indulgência e da compreensão de todos.