domingo, 17 de outubro de 2010

SEMANA - ESTUDO DO EVANGELHO CAPÍTULO 15 ÍTEM 1 - MARIA J. CAMPOS



FONTE BÁSICA

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo.

FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO

De que Precisa o Espírito para ser Salvo

1. A que fato faz Jesus referência no início do texto?
À época em que a Terra deixar de ser um mundo de provas e expiações portanto, inferior, para ser um mundo melhor, no qual o egoísmo e o mal não sejam a tônica. Nessa oportunidade, os maus serão afastados para mundo inferiores, tornando-se reais as palavras: “Bem-aventurados os brandos e pacíficos, porque possuirão a Terra.”

“(...) quando o Filho do homem vier em sua majestade... separará uns dos outros, como o pastor separa dos bodes as ovelhas... e colocará as ovelhas à sua direita e os bodes à sua esquerda.”Nas palavras de Jesus há uma idéia dominante: “a da felicidade reservada ao justo e da infelicidade que espera o mau.”

2. Que sentido podemos atribuir à expressão “posse do reino”, usada por Jesus nesta passagem?
Não se trata, evidentemente, de um reino material, com o conforto e as riquezas conhecidas na Terra, mas do reino espiritual, onde os justos encontrarão a suprema alegria, a paz, e gozarão da presença do amor infinito de Deus.

Para se fazer entender, Jesus usava imagens, figuras de linguagem, pois os homens que o ouviam ainda eram espíritos de pouco progresso, incapazes de compreender as questões puramente espirituais.

3. O que fizeram os justos para merecer o reino prometido?
Quando foi possível e esteve ao alcance de cada um, atenderam às necessidades básicas de seus irmãos mais carentes: necessidades de alimentação, habitação, vestuário, saúde e conforto moral.

Alimentar os famintos, dar água aos sedentos e teto aos desabrigados, vestir os nus: eis aí o caminho ensinado por Jesus, para chegarmos ao reino do nosso Pai. O conforto moral e espiritual também é uma necessidade humana, pois ”nem só de pão vive o homem “.

4. Como Jesus considera boa ação, praticada em favor dos necessitados?
Como se fora praticada em seu próprio favor, em seu próprio benefício.

“(...) portanto, tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; careci de teto e me hospedastes;- estive nu e me vestistes; achei-me doente e me visitastes; estive preso e me fostes ver.””Em verdade vos digo, todas as vezes que isso fizestes a um destes mais pequeninos dos meus irmãos, foi a mim mesmo que o fizestes.”

5. Por que, socorrendo o próximo, estamos agradando a Deus?
Porque o caminho que conduz a Deus passa, obrigatoriamente, pelo nosso próximo, a quem devemos auxílio e amparo.

O preceito de Jesus “amai-vos uns aos outros”, é rota segura que nos levará, sem desvios, ao reino de Deus.

6. De acordo com esta lição, de que necessita o espírito para ser salvo?
De fazer o bem ao próximo, sobretudo àqueles mais necessitados e esquecidos; em outras palavras: de praticar a caridade.
Nesta passagem, Jesus ressalta que o juiz não procura saber se a pessoa preencheu tal ou qual formalidade, se observou mais ou menos tal ou qual prática exterior, se freqüentou esta ou aquela religião. Indaga, simplesmente, se a caridade foi praticada.

7. Como devemos agir em nossa vida diária para atender aos ensinamentos de Jesus e, mais rapidamente, tomarmos posse do reino que Deus nos preparou?
Devemos estender sempre nossas mãos em auxílio dos irmãos necessitados, alimentando-os, vestindo-os, abrigando-os, curando-os, confortando-os.

“A Boa Nova não prometia a paz da vida superior aos que calejassem os joelhos nas penitências incompreensíveis, aos que especulassem sobre a natureza de Deus, que discutissem as coisas do Céu por antecipação ou que simplesmente pregassem as verdades eternas, mas exaltou a posição sublime de todos os que disseminassem o amor, em nome do Todo-Misericordioso.”

8. O que ocorre a quem não pratica a caridade?
Reencarna em situação de miséria e abandono, para aprender o divino valor da caridade.

“Por mais que rebusquemos motivos de salvação, se não praticarmos a caridade, estaremos por muito tempo nas prisões sem grades do egoísmo, do orgulho e da vaidade. Toda a moral de Jesus se resume na caridade e na humildade, isto é, nas duas virtudes contrárias ao egoísmo e ao orgulho.”

Conclusão:

A salvação do espírito depende do bem que se faz ao próximo e resume-se, exclusivamente, na prática da caridade, por amor a Deus.