segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

SEMANA - ESTUDO DO EVANGELHO - CAPÍTULO 10 ÍTENS 5 E 6 - MARIA J. CAMPOS


RECONCILIAÇÃO COM OS ADVERSÁRIOS

FONTE BÁSICA

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo.

1. O que devemos entender pela expressão usada por Jesus: “Reconcilia-vos (...) enquanto todos estais a caminho?
Que devemos nos reconciliar com os nossos adversários enquanto estamos vivendo lado a lado, na condição de espíritos encarnados; somente assim aproveitaremos as oportunidades que a Misericórdia de Deus nos concede, de repararmos as faltas cometidas contra nossos irmãos em encarnações passadas.

Muitas das inimizades de hoje são frutos de malquerenças passadas, que nos compete superar pelo perdão e pela conciliação.

2. A que prisão se refere Jesus, quando diz: “...reconciliai-vos (...) para que não sejais metido em prisão”?
A prisão de que Jesus fala é a situação de sofrimento e aflição experimentada pelo espírito quando, por orgulho e vaidade, não perdoou nem se reconciliou com seu adversário.

Somos os carcereiros de nossa própria prisão, e a chave que nos liberta é o perdão, a conciliação com o adversário.


3. Como interpretar a frase: “ Digo-vos em verdade, que daí não saireis enquanto não houverdes pago o último ceitil”.?
Que seremos libertados da prisão que nós mesmo criamos, pelo orgulho e vaidade, quando houvermos perdoado nosso inimigo e reparado todos os males que lhe causamos.

A justiça divina estabelece que toda falta seja reparada; portanto; só estaremos realmente livres quando a menor dívida contraída para com o próximo for resgatada.

4. A morte nos livre dos inimigos?
Não. “ Os espíritos vingativos perseguem, muitas vezes, com seu ódio, no além-túmulo, aqueles contra os quais guardam rancor”.

O provérbio “morto o animal, morto o veneno”, torna-se falso quando aplicado ao homem.

5. Como age o Espírito mau para com o inimigo encarnado ?
“ O espírito mau espera que o outro, a quem ele quer mal, esteja preso ao seu corpo e , assim, menos livre, para mais facilmente o atormentar, ferir em seus interesses ou nas suas mais caras afeições”.

“O obsediado e o possesso são, pois, quase sempre, vítimas de uma vingança, cujo motivo se encontra em existências anteriores, e à qual o que a sofre deu lugar pelo seu proceder”.

6. Por que permite Deus que tais vinganças ocorram?
Para que a pessoa tenha ocasião de expiar o mal praticado ou de se reabilitar com relação às suas atitudes do passado, através das quais tenha faltado com a indulgência, a caridade e o perdão.

Somos sempre julgados segundo nossas ações; assim, experimentaremos sempre as situações boas ou más que houvermos propiciado aos outros.

7. Como devemos tratar nossos adversários, se quisermos assegurar a tranqüilidade futura?
Devemos reparar, quanto antes, os agravos que causamos ao próximo; perdoar os inimigos e reconciliarmos-nos co eles, a fim de que, antes que a morte nos chegue, estejam apagados quaisquer motivos de mágoa, rancor ou vinganças futuras.

“Por essa forma, de um inimigo encarnado neste mundo se pode fazer um amigo no outro”.

8. O que acontece se, a despeito de nossa boa vontade, o adversário não aceita a reconciliação?
Quando a dureza do adversário torna impossível a conciliação, resta-nos pedir a Deus que lhe abrande o coração e Nele confiar, certos de que fizemos nossa parte.

“Trabalha, pois, quanto te seja possível, no capítulo da harmonização; mas, se o adversário te desdenha os bons desejos, concilia-te com a própria consciência e espera confiante”.

Conclusão:
Não adiemos a tarefa de perdoarmos e reconciliarmo-nos com os nossos adversário: façamos de cada instante de nossa vida ocasião de reparar o mal e constituir a fraternidade .