segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

SEMANA - ESTUDO DO EVANGELHO - CAPÍTULO 10 ÍTENS 10 A 13 - MARIA J. CAMPOS



FONTE BÁSICA

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo.

NÃO JULGUEIS, PARA NÃO SERDES JULGADOS - ATIRE A PRIMEIRA PEDRA AQUELE QUE ESTIVER EM PECADO

1. Por que Jesus nos ensina a não julgar o próximo?
Para que não sejamos igualmente julgados, pois agirão para conosco do mesmo modo que agirmos para com os outros.

“(...) empregar-se-á convosco a mesma medida de que vos tenhais servido para com os outros”.

2. Jesus recomendou aos escribas e fariseus a observância da lei de Moisés, que mandava apedrejar as adúlteras?
Não. Ele transferiu aos seus inquisidores a responsabilidade de castigá-la, condicionando a aplicação da pena à autoridade moral que cada um detivesse.

Ainda que as leis humanas apontem os preceitos legais a seguir, devemos sempre analisá-los à luz das nossas próprias ações; só então percebemos se temos ou não autoridade moral para aplicá-los a outrem.

3. Por que os mais velhos se afastaram em primeiro lugar?
Porque, tocados pela palavra de Jesus, refletiram sobre as inúmeras faltas cometidas ao longo da vida e reconheceram-se mais pecadores que os jovens, sentindo-se, portanto, incapazes de condenar um ato que talvez já houvessem praticado.

A vida é sabia mestra que nos ensina as lições da humildade e da indulgência, levando-nos, de um lado, ao reconhecimento das próprias faltas, e de outro, à compreensão das faltas alheias.

4. Naquela ocasião, qual dentre os presentes possuía condições orais para julgar a mulher adúltera?
Apenas Jesus. Ele foi o espírito mais elevado que já existiu na Terra e apenas Ele, dentre todos presentes naquela ocasião, poderia julgá-la e condená-la.

Jesus esteve entre nós para dar testemunho do bem e nos ensinar uma nova moral, baseada no amor ao próximo: o que não queremos para nós não desejemos ao nosso irmão.

5. Como agiu, no entanto, Jesus, com a pecadora?
Ele não criticou seu procedimento, não a tratou com desprezo nem lhe exigiu arrependimento. Limitou-se a dizer que, como os demais, também não a condenava, e a mostrar-lhe que nada estava perdido, pois havia uma vida nova pela frente, desde que buscasse a prática do bem.

“Também eu não te condenarei. Vai-te e de futuro não tornes a pecar”.

6. O que Jesus nos ensina, quando diz: “Aquele dentre vós que estiver sem pecado, atire a primeira pedra”?
Ele nos ensina que não devemos julgar com mais severidade os outros do que julgamos a nós mesmos; nem condenar em outrem aquilo de que já nos absolvemos.

Antes de atribuirmos a alguém uma falta, vejamos se a mesma censura não nos pode ser feita.

7. Devemos tomar ao pé da letra o ensinamento de Jesus, jamais criticando ou manifestando censuras às ações alheias?
Certamente que não. Haverá ocasiões em nossa vida em que a critica às ações alheias será necessária, sob pena de estarmos, com o nosso silêncio e a nossa omissão, contribuindo para prejudicar a outrem, disseminando o mal entre as pessoas ou retardando o progresso do próximo.

Reprovar a conduta perversa de alguém constitui, em certas ocasiões, um dever, porque um bem deverá daí resultar, e porque, a não ser assim, jamais na sociedade se reprimiria o mal.

8. Quando a critica é desnecessária?
Quando tem como propósito desacreditar a pessoa cujos atos se critica, sem qualquer intuito de auxiliar-lhe progresso ou evitar a pratica do mal. .

Este propósito nunca tem escusa, porquanto se trata de maledicência e maldade de quem critica..

Conclusão:
Antes de atribuir a alguém uma falta, vejamos se a mesma censura não nos pode ser feita. Antes de julgar alguém com severidade, procuremos ser tão indulgentes para com ele quanto seriamos para conosco.