segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

SEMANA - ESTUDO DO EVANGELHO - CAPÍTULO 10 ÍTEM 17 - MARIA



FONTE BÁSICA

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo.


A INDULGÊNCIA 1


1. O que é indulgência?
É uma das virtudes que caracterizam um verdadeiro cristão e que se expressa pela postura complacente, compreensiva, que se adota perante as faltas e imperfeições do próximo.

Ser indulgente é saber relevar, perdoar, esquecer, dissimular, diante de tudo que se possa ser reprovável pelo comportamento dos semelhantes.

2. Por que é necessário julgar com severidade as nossas próprias ações?
Porque a nossa felicidade só edificada mediantes ações voltadas para o bem. Daí, a necessidade de julgar com bastante rigor os nosso atos, afim de corrigir os desvios e selecionar aqueles que efetivamente nos conduzem ao bom caminho, tornando-os por conduta.

Quanto às ações do próximo, compete-nos apenas relevá-las, deixando a deus o encargo de julgá-las.

3. Com quem, em especial, devemos usar de indulgência?
Com todos os nossos irmãos, sem qualquer distinção. Esse sentimento doce e fraternal, que deve nortear o nosso comportamento, é para ser estendido a todos os que nos compartilham a existência.

Jesus, ao nos prescrever que amassemos uns aos outros, não estabeleceu quaisquer condições ou limites para isso.

4. Por que devemos ser indulgentes para com os outros?
Porque precisamos igualmente de indulgência, já que não somos perfeitos. Ademais, o nosso Pai, pela sua infinita bondade, usa constantemente de indulgência para conosco.

A indulgência para que Deus se utiliza para conosco constitui o efeito reversivo da indulgência que usamos para com os nossos semelhantes.

5. Que efeito produzirá nossa indulgência no próximo?
A nossa reação pacífica e compreensiva diante de suas falhas poderá contribuir para sensibilizar-lhe o coração, concitando-o a corrigir-se e a trilhar o caminho do bem.

A indulgência para com o próximo tem como função clarear-lhe o raciocínio, renovar-lhe o modo de pensar e de ser e amparar-lhe a caminhada

6. Perdoar é suficiente para nos libertar?
Não. È um grande passo, porém não é suficiente. A lei de Deus, que é de amor, nos impõe o dever de não só perdoar, mas, acima de tudo, de auxiliar os nosso inimigos, através de oração, de pensamento fraternal e de atos que lhe ajudem a encontrar a felicidade.

Muitos criminosos se regeneram sob o amparo e a orientação caridosa de suas ex-vitimas, movidos que são pelo influxo da lei de amor.

Conclusão:
A indulgência é remédio salutar que ministramos ao nosso próximo e que tem por efeito clarear-lhe o raciocínio, renovar-lhe o modo de pensar, amparar-lhe a caminhada. Ela se reverte em beneficio de nós mesmos, através da indulgência que Deus e nossos semelhantes tem para conosco.