segunda-feira, 7 de novembro de 2011

SEMANA - ESTUDO DO EVANGELHO CAPÍTULO 22 ÍTENS 1 a 4 - MARIA J. CAMPOS


FONTE BÁSICA

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo.

INDISSOLUBILIDADE DO CASAMENTO

1. Em que sentido devemos entender as palavras de Jesus: “Não separe o homem o que Deus juntou”?

Devemos entendê-las com referência à união dos seres ligados por afinidade espiritual, por si só indissolúvel e conforme a lei de Deus; e não acerca da união onde predomina o interesse puramente material.

Apenas os laços de afinidade espiritual e de mútuo afeto são indissolúveis, porque conforme à lei de Deus , os interesses materiais são passageiros e logo desaparecem.

2. Qual a diferença entre a lei divina e a humana?


A lei divina é imutável: é a mesma em todos os tempos e em todos os países, enquanto a lei humana muda segundo o tempo, os lugares e o progresso da inteligência.

O casamento constitui um dos primeiros atos de progresso nas sociedades humanas, porque estabelece a solidariedade fraterna entre os seres.

3. Como estas duas leis – divina e humana – podem ser identificadas no casamento?


No casamento, o que é de ordem divina é a união dos sexos, destinada à substituição dos seres que morrem, ficando ao encargo da lei humana as condições que regulam essa união.

O casamento observa-se entre todos os povos, se bem que em condições diversas, conforme o tempo e o lugar.

4. Que outra lei divina, além da de reprodução, rege a união dos sexos?


A par desta lei divina de reprodução, comum a todos os seres vivos, outra lei divina e imutável deve ser observada, de cunho exclusivamente moral, que é a lei de amor.

“Nem a lei civil nem os compromissos dela decorrentes podem suprir a lei do amor, quando esta não preside a união.”

5. O que ocorre aos que se casam por interesses materiais?


Terão de aprender a se amar, pela renúncia e abnegação.

“Quis Deus que os seres se unissem pelos laços da carne, mas também pelos da alma.”

6. As separações são contrárias à lei de Deus?


Se for para atender interesses circunstanciais e materiais, sim. Mas, se for para evitar males maiores, não. É mais humano, mais caridoso e mais moral, restituir a liberdade a seres que não podem mais viver juntos, do que mantê-los unidos.

Em nossos dias, geralmente, o casamento não leva em conta a afeição entre dois seres, mas a satisfação do orgulho, da vaidade, da cupidez. Numa palavra: de todos os interesses materiais.”

7 - A lei humana é inútil?


Não. Pela dificuldade que oferece às separações irresponsáveis, ela assegura a manutenção dos filhos e auxilia os infratores a se ajustar à lei de Deus, que é de amor.

A lei civil tem por fim regular as relações sociais e os interesses das famílias, de acordo com as exigências da civilização.

Conclusão:

Quando um homem e uma mulher se unem por laços de afeto mútuo e afinidade entre os espíritos, essa união é, por si só, indissolúvel, porque está de acordo com as leis de Deus. Caso contrário, quando predominam os interesses puramente materiais, é fonte de dores e sofrimentos, por contrariar a lei de amor.