domingo, 31 de outubro de 2010

SEMANA - ESTUDO DO EVANGELHO CAPÍTULO 15 ÍTENS 4 e 5 - MARIA J. CAMPOS



FONTE BÁSICA

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo.

FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO

O Mandamento Maior

1. Como se pode sistematizar a resposta de Jesus ao doutor da Lei, quando este lhe perguntou: “qual o grande mandamento da Lei”?
Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.

– “Jesus lhe respondeu: Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu espírito. Esse o primeiro mandamento. – E aqui está o segundo, que é semelhante ao primeiro: Amarás o teu próximo como a ti mesmo”.

2. O que se entende por “amar a Deus de todo coração, alma e espírito”?
Ama a Deus dessa maneira, aquele que O reconhece como Pai misericordioso; que compreende a vida como dádiva do seu amor em benefício de nosso progresso; e que faz da própria vida uma caminhada em sua direção, pela observância de suas leis.

Amar a Deus sobre todas as coisas é reconhecer a natureza como obra de sua bondade. É agradecer-lhe diariamente por tudo que nos concede.
Amar a Deus sobre todas as coisas é recorrer a Ele como amparo de nossa fraqueza; é louvá-lo a cada instante. como fonte de nossa coragem e alegria.


3. E por “amar o próximo como a nós mesmos”, o que podemos entender?
Que devemos dispensar ao nosso irmão o mesmo tratamento que gostaríamos de receber, caso estivéssemos em seu lugar; desejar-lhe tudo o que almejamos para nós, regozijar-mos com suas alegrias e o consolamos em suas dores e aflições.

Devemos nos colocar no lugar do próximo e procurar dispensar-lhe as mesmas atenções que gostaríamos de receber, se nos encontrássemos em igual situação.

4. Que ensinamento podemos tirar da frase de Jesus: “Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos”?
Que todos os preceitos religiosos, todos os ensinamentos dos profetas, todas as lições dos livros sagrados, podem ser resumidos em dois mandamentos: Amar a Deus acima de tudo e ao próximo como a nós mesmos.

Jesus nos ensinou verdades eternas. Portanto, ontem, como hoje, estes dois mandamentos contêm tudo o que precisamos para a salvação do espírito.

5. É possível amar a Deus sem amar ao próximo?
Não. Aquele que, verdadeiramente, traz dentro de si o desejo de amar a Deus e observar seus mandamentos, estende esse amor a todas as pessoas, por nelas reconhecer criaturas por Ele criadas e irmãos seus.

Não se pode amar a Deus desprezando o próximo. Ao contrário: é pelo bem que fazemos ao próximo que demonstramos nosso amor a Deus.

6. Que conclusão prática podemos tirar desta lição?
Que fora da caridade não há salvação, uma vez que a caridade é a concretização do amor. É a forma pela qual o amor se realiza.

O caminho da salvação passa, obrigatoriamente, pelo amor ao próximo.

7. Que virtudes devemos cultivar, para conseguirmos observar estes mandamentos?
Devemos cultivar a caridade e a humildade, pois a primeira nos ensina o esquecimento de nós mesmos em favor do nosso próximo: e a segunda nos liberta das vaidades humanas, aproximando-nos de todos na condição de irmãos.

Pela caridade combatemos o egoísmo; pelo exercício da humildade libertamo-nos do orgulho.

8. Devemos praticar a caridade, mesmo sendo o próximo nosso inimigo?
Certamente que sim. Nestes casos, devemos amá-lo e perdoá-lo, desejando-lhe todo bem que gostaríamos de receber, sem recusar oportunidade de reconciliação.

Se, mesmo agindo assim, não formos compreendidos pelo nosso irmão, Deus, que tudo vê e preside, saberá reconhecer nosso esforço.

Conclusão:

Ama a Deus sobre todas as coisas aquele que O coloca como o centro de sua vida, observa seus mandamentos e em tudo percebe manifestações de seu amor. Ama o próximo com a si mesmo aquele que faz para os outros todo o bem que para si próprio desejaria. O amor ao próximo é mais autêntica manifestação de amor a Deus.