segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

SEMANA - ESTUDO DO EVANGELHO CAPÍTULO 16 ÍTEM 8 - MARIA J. CAMPOS



FONTE BÁSICA

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo.

NÃO SE PODE SERVIR A DEUS E A MAMON

Desigualdade das Riquezas

1. Por que não são igualmente ricos todos os homens?
“Por não serem igualmente inteligentes, ativos e laboriosos para adquirir, nem sóbrios e previdentes para conservar”, nem justos o suficiente para atribuir a quem trabalha correta remuneração ao seu esforço.

A desigualdade das riquezas é inerente ao estágio evolutivo do homem. Só será resolvida à medida em que ele evoluir moralmente.

2. O problema da pobreza estaria resolvido se, num dado momento, toda a riqueza do mundo fosse igualmente repartida entre os homens?
Não, pois a cada um caberia uma parcela mínima e insuficiente; ademais, esta condição inicial de igualdade logo seria rompida pelas diferenças individuais, de sorte que alguns aumentariam seus haveres e outros perdê-los-iam.

“É aliás, ponto matematicamente demonstrado que a riqueza, repartida com igualdade, a cada um daria um parcela mínima e insuficiente.”

3. Supondo-se que a divisão equitativa da riqueza fosse estável e suficiente para todos tivessem o necessário, o que ocorreria?
“O aniquilamento de todos os grandes trabalhos que concorrem para o progresso e para o bem estar da Humanidade (...) pois já não haveria o aguilhão da necessidade, que impele os homens às descobertas e aos empreendimentos úteis.”

“Se Deus a concentra em certos pontos, é para que daí se expanda em quantidade suficiente, de acordo com as necessidades.”

4. Por que Deus concede a riqueza entre os homens?
Deus dá a estes oportunidades de, usando o livre-arbítrio, contribuir para o progresso da Humanidade e evoluir espiritualmente; distinguir o bem do mal e praticar o bem por sua vontade e esforço.

“Não deve o homem ser conduzido fatalmente ao bem, nem ao mal, sem o que não fora mais senão um instrumento passivo, irresponsável como os animais.”

5. Como distribui Deus a riqueza entre os homens?
Através das existências, Deus dá aos homens oportunidade de utilizá-la. Sendo, porém, materialmente impossível que todos a possuam ao mesmo tempo, cada um a possui por sua vez, segundo o bom uso que dela fizer.

“Assim, um que não na tem hoje, já a teve ou terá noutra existência; outro, que agora a tem, talvez não na tenha amanhã.” A miséria de hoje é fruto do uso indevido das riquezas de ontem.

6. Quando a Humanidade conhecerá uma distribuição mais justa das riquezas?
Somente quando os homens se regerem pela caridade, eliminando de seus corações o egoísmo e o orgulho, haverá maior equilíbrio na distribuição das riquezas, desaparecendo da Terra os extremos da riqueza excessiva e da miséria absoluta.

“A origem do mal reside no egoísmo e no orgulho; os abusos de toda espécie cessarão quando os homens se regerem pela lei da caridade.”

7. Como podemos contribuir para tornar menos injusta a sociedade em que vivemos?
Se nos foi dado possuir bens, devemos utilizá-los em benefício do próximo, gerando oportunidades de beneficiá-la com trabalho digno e lembrando sempre de que o supérfluo não nos pertence. Se nos encontramos privados de riquezas, cuidemos de armazenar tesouros de paciência e resignação, buscando no trabalho e na prece a superação de nossas dificuldades, sem deixar de lutar com ânimo firme por melhorias e progressos em nossas vidas.

“A pobreza é, para os que a sofrem, a prova da paciência e resignação; a riqueza é, para todos os outros, a prova da caridade e da abnegação.”

Conclusão:
A constatação de que a miséria de hoje é fruto do uso indevido das riquezas de ontem não pode ser motivo para diminuir nosso empenho na minoração das agruras dos menos afortunados.