domingo, 13 de janeiro de 2013

ESTUDO DO LIVRO " O ESPÍRITO DA VERDADE " - MARIA J. SANCHES


PÁGINA DO CAMINHO
Cap. X – Itens 5 e 6 

Não aguardes o amigo perfeito para as obras do bem. 
Esperavas ansiosamente a criatura irmã, na soleira do lar, e o matrimônio trouxe alguém a reclamar-te sacrifício e ternura. 
Contavas com teu filho, mas teu filho alcançou a mocidade sem ouvir-te as esperanças. 
Sustentavas-te no companheiro de ideal e,de momento para outro, recolheste mistura vinagrosa na ânfora da amizade em que sorvias água pura. 
Mantinhas a fé no orientador que te merecia veneração e, um dia, até ele desapareceu de teus olhos, arrebatado por terríveis enganos. 
Contudo, embora a dor de perder, continua no trabalho edificante que vieste realizar… 
Ninguém reprova o doente porque sofra mal-humorado. 
Ninguém censura a árvore que deixou de produzir porque o lenhador lhe haja decepado os braços frondejantes. 
Quase sempre, aqueles que tomamos por afetos mais doces, crendo abraçá-los por sustentáculos da luta, simbolizam tarefas que solicitam renúncia e apostolados a exigirem amor. 
Não importa o gelo da indiferença, nem o bramido da incompreensão, se buscamos servir. 
O coração mais belo que pulsou entre os homens respirava na multidão e seguia só. Possuía legiões de Espíritos angélicos e aproveitou o concurso de amigos frágeis queo abandonaram na hora extrema. Ajudava a todos e chorou sem ninguém. Mas, ao carregar a cruz, no monte áspero, ensinou-nos que as asas da imortalidade podem ser extraídas do fardo de aflição, e que, no território moral do bem, alma alguma caminha solitária, porque vive tranquila na presença de Deus. 

Albino Teixeira