quinta-feira, 5 de agosto de 2010

ESTUDO DO LIVRO ENTRE A TERRA E O CÉU - CAP. 19 - ORADOR ALEXANDRE X. CAMARGO



19 – Dor e Surpresa

– Júlio! Júlio! comparece, covarde! ... – bramia o enfermeiro, possesso.
E percebendo talvez a simpatia que Amaro nos conquistara, à face da serenidade com que suportava a situação, prosseguiu, invocando, revel:
– Comparece para desmascarar o patife que procura comovernos!
Júlio, odeio-te! Mas é necessário apareças! Acusa teu desalmado assassino!...
O Ministro procurava contê-lo, bondoso, mas Silva, como potro indomesticado, gesticulava a esmo e continuava, conclamando:
– Júlio!... Júlio!...
Sim, Júlio não respondeu à chamada, entretanto, alguém surgiu, surpreendendo-nos a atenção.
A irmã Blandina, em pessoa, qual se fora nominalmente intimada, estacou junto de nós.
Envolvidos na doce luz que nos banhou, de improviso, aquietamo-nos, perplexos, à exceção de Clarêncio que se mantinha calmo, como se aguardasse semelhante visita.
Depois de saudar-nos, Blandina rogou, humilde:
– Irmãos, por amor a Jesus, atendei !... Temos Júlio, sob a nossa guarda. Acha-se doente, aflito... Vossos apelos individuais alteram-lhe o modo de ser... Poderia colocar-se mentalmente ao vosso encontro, contudo, atravessa agora difíceis provas de reajuste...
Venho implorar-vos caridade!... Compadecei-vos de quem hoje se esforça por olvidar o que foi ontem para regenerar-se amanhã, com eficiência!
Havia tanta aflição e tanta ternura naquela rogativa que a vibração do ambiente modificou-se, de súbito.
Comecei a entender com mais clareza a trama obscura do romance vivo que abordávamos.
Júlio, o menino doente, era o companheiro que voltava na condição de filho do amigo com quem outrora se desaviera...
Não pude, porém, alongar divagações, porque Silva, provavelmente revoltado contra a emoção que nos senhoreava o espírito, passou a reclamar, de novo:
– Anjo ou mulher, não lutarei contra o sortilégio! Não lutarei!
Mas preciso arrojar este bandido ao despenhadeiro que merece por suas deslavadas mentiras!... Que Júlio permaneça no céu ou no inferno, sob a custódia dos arcanjos ou dos demônios, todavia, exijo que a verdade surja, inteira!... Recorro ao testemunho de Lina! Que Lina compareça! Que ela deponha! Se nos achamos aqui, convocados pelo destino que nos algema uns aos outros, que a pérfida mulher seja ouvida igualmente...
Nosso instrutor, assumindo a chefia espiritual do grupo, convidou com energia e brandura:
– Lina encontra-se não longe de nós. Entremos.
A determinação foi obedecida.
Na penumbra do quarto que já conhecíamos, a segunda esposa de Amaro jazia subjugada pela outra.
Enquanto Odila se nos afigurava mais rancorosa e mais dura, Zulmira revelava-se mais abatida.
Clarêncio enlaçou Mário, como um pai que recolhe um filho, carinhosamente, e, apontando a enferma, esclareceu, generoso:
Amigo, acalma-te! Lina Flores, atualmente, padece na forja da luta e do sacrifício, a fim de recuperar-se. Apaga a labareda de ódio que te requeima o coração! Deixa que nova compreensão te beneficie a alma ulcerada!... Não nos cabe prejudicar o caminho
de quem procura a regeneração que lhe é necessária!
Ante o olhar de Mário, espantadiço e agoniado, o Ministro considerou:
– Lina, hoje, com imensas dificuldades, tenta alcançar a altura do casamento digno e, superando tremendos obstáculos, constrói os alicerces da missão de maternidade para a qual se encaminha...
Ajudemo-la com as nossas vibrações de compreensão e carinho. Quando amamos realmente, antes de tudo é a felicidade da criatura amada que nos interessa...
Nosso grupo avançou algo mais.
Junto de nós, Blandina mantinha-se em prece.
O orientador abeirou-se da doente, com atenção respeitosa, e mostrou-lhe o rosto ossudo e triste ao enfermeiro que, ao reconhecê-la, bradou, aterrado:
– Zulmira! Zulmira, então, é Lina que volta?
O Ministro acariciou-lhe a cabeça e informou, conciso:
– Sim, regressou em companhia de Armando, em dolorosas reparações, O consórcio para eles não foi o castelo de flores de laranjeira, mas sim uma associação de interesses espirituais para o trabalho regenerativo. Armando, em luta no plano da vida real
para reerguer-se, aceitou o compromisso de reconduzi-la à dignidade feminina, amparando-lhe as angústias silenciosas...
Estupefato, Silva exclamou, cambaleante:
– Quer dizer então que Zulmira me traiu duas vezes?
– Não te refiras à traição – corrigiu Clarêncio, sem alterar-se –, é imprescindível compreender! Armando, ontem, escutou apelos inferiores, incompatíveis com as responsabilidades de que se via depositário. Hoje, é compelido a responder, embora constrangido, a requisições de natureza edificante, às quais, em verdade, não lhe será lícito fugir. Lina Flores reclama alguém que a recambie ao serviço renovador, a fim de que se habilite a auxiliar Júlio, devidamente. Todos somos devedores uns dos outros. As almas aprimoram-se, grupo a grupo, à maneira de pequenas constelações,
gravitando em torno do Sol Magno, Jesus-Cristo!... Como um astro que se distancia do núcleo em que se integra, abandonaste a órbita de velhos companheiros de evolução, caindo, pelas vibrações de afetividade e ódio, no centro de forças em que Leonardo
Pires e Lola Ibarruri aguardam-te a precisa cooperação, de modo a se liberarem perante a Lei. Amaro, noutro tempo, separou Zulmira e Júlio, estabelecendo espinheiros dilacerantes entre os dois... Agora, cabe-lhe reuni-los no carinho familiar, para que na posição de mãe e filho se reajustem na afeição santificadora...
Antigamente, isolaste Leonardo da afetuosa assistência de Lola, criando embaraços asfixiantes à própria marcha... Prepara-te na fé para congregá-los, de novo, no templo doméstico, igualmente na condição de filho e mãe, de maneira a se redimirem para a bênção do amor puro... Nossas ações são pesadas na Justiça Divina... Não
podemos enganar o Supremo Senhor. Nossos débitos, por isso mesmo, devem ser resgatados, ceitil a ceitil.
A ligeira preleção trouxera-nos enorme proveito.
Amaro dobrara a cerviz, revelando-se disposto a obedecer aos ditames de natureza superior, fossem como fossem.
Silva, no entanto, não parecia desperto para as verdades que Clarêncio pronunciara.
Hipnotizado na contemplação da mulher querida, demonstrava-se indiferente.
Depois de fitá-la, absorto, entre o carinho e a aversão, quebrou a quietude que envolvera o recinto, rugindo, desesperado:
– Não posso modificar-me, desgraçado de mim!... Odiarei!
odiarei a infame que voltou!... Somente a vingança me convém, não quero perdoar! Não quero perdoar!...
Novamente enraivecido e inquieto, como fera solta, erguia os punhos cerrados contra a desditosa mulher que jazia no leito, em lastimável prostração. Seu veículo espiritual rodeava-se agora de um halo cinzento-escuro, que despedia raios desagradáveis e perturbantes.
Nosso orientador libertou-o da influência magnética com que lhe tolhia as energias.
Tão logo se reconheceu sem o controle que lhe sofreava os movimentos, Silva retrocedeu, exclamando:
– Não suporto mais! Não suporto mais!...
E correu para o seio da noite.
Clarêncio recomendou-nos seguir-lhe o passo, enquanto prestaria assistência ao ferroviário e à esposa, em colaboração com Blandina. O enfermeiro, decerto – informou o Ministro prestimoso –, retomaria o corpo denso em aflitivas condições de saúde.
Passes anestesiantes deviam favorecê-lo. Não podia lembrar a experiência grave daquela hora. A aventura provocada pela insistência mental dele mesmo era suscetível de perigosas conseqüências.
Num átimo, Hilário e eu achamo-nos ao lado de Silva, que aderia ao envoltório de carne com o automatismo da molécula de ferro, atraída pelo imã.
Examinamo-lo, atentamente.
O peito arfava-lhe, sibilante. O coração acusava-se desgovernado, sob o império de insopitável arritmia.
De imediato, entramos em ação, sossegando-lhe o campo mental, quanto possível, através de sedativos magnéticos.
Ainda assim, apesar dos passes, pelos quais foi completamente envolvido de energias revigoradoras, o moço acordou agoniado, hesitante e trêmulo, como se estivesse fugindo de medonhas tempestades no mundo íntimo.
Semi-inconsciente, despendeu vários minutos para identificar-se.
O pensamento surgia-lhe atormentado, nebuloso...
Tentou locomover-se, mas não conseguiu. Sentia-se chumbado à cama, quase na situação de um cadáver repentinamente desperto.
Buscou alinhar recordações, contudo, não pôde. Sabia tão somente que atravessara grande pesadelo cujas dimensões lhe não cabiam na memória.
Suarento, aflito, sentia-se morrer... Instintivamente orou, suplicando a Proteção Divina. Bastou essa atitude d'alma para ligarse, com mais facilidade, aos fluidos restauradores que lhe administrávamos.
Pouco a pouco, readquiriu os movimentos livres e levantouse, ingerindo uma pílula calmante.
Amedrontado, sentou-se no leito e, mergulhando a cabeça nas mãos, falou, sem palavras, de si para consigo: – “Estou evidentemente conturbado. Amanhã, consultarei um psiquiatra. É a minha única solução”.
Sim – concordei comigo mesmo –, o ódio gera a loucura.
Quem se debate contra o bem, cai nas garras da perturbação e da morte.
Com semelhante raciocínio, afastei-me.
Clarêncio aguardava-nos.
Era preciso continuar na lição.

ESTUDO DO LIVRO ENTRE A TERRA E O CÉU - CAP. 18 - ORADOR ALEXANDRE X. CAMARGO



18 – Confissão

Amaro, cujo semblante exibia os sinais de renovação a que nos reportamos, começou a dizer, comovido:
– Sim, recordo-me perfeitamente... A madrugada do Ano Bom de 1869 ficou marcada para sempre em nossa memória...
Abordaríamos Assunção, procedendo de Santo Antônio, em angustiosa expectativa... A curiosidade abafava a exaustão... Lembro-me de que, antecedendo-se ao desembarque, Esteves procurou-nos, solicitando-nos o concurso fraterno para a solução de um
problema que reputava importante para o futuro que o aguardava...
Éramos três amigos inseparáveis na caserna e achávamo-nos os três juntos... Ele, Júlio e eu... Na incerteza das ocorrências que nos esperavam, pedia-nos, na hipótese de perecer em combate, notificar sua morte à jovem Lina Flores, que conhecera, dias
antes, em Villeta... Referiu-se, entusiástico, ao amor que os ligava e aos projetos que formavam, considerando o porvir... Preocupados com a aflição do companheiro, reconfortamo-lo com palavras de compreensão e esperança, colocando-nos em guarda... A capital paraguaia, porém, revelava-se fatigada e desprevenida... Jamais
olvidarei a gritaria dos nossos, triunfantes, em se vendo seguros sobre a presa, criando aflitivos problemas para as autoridades...
Revejo ainda a fisionomia risonha de Esteves, quando se reconheceu são e salvo... Em breve, comunicava-nos o consórcio.
Ninguém realmente podia casar-se em campanha, mas o enlace efetuou-se às ocultas, sob a bênção de um sacerdote e com a tolerância dos dirigentes da ocupação, atendendo-se à circunstância de que a noiva era uma pobre menina brasileira, desde muito aprisionada...
Amaro fez pequena pausa, recobrando energias e continuou:
Recordo-me de que Júlio e eu fomos em visita ao lar de Esteves, pela primeira vez, em fevereiro do mesmo ano, contudo, colocados à frente de Lina, ambos nos sentimos incompreensivelmente ligados àquela jovem bela e simples, cuja presença exerceu, de imediato, sobre nós, intraduzível atração... Guardei comigo a surpresa que me possuía, mas Júlio, impulsivo e irrequieto, veio a mim extravasando o coração... A esposa de Esteves dominara-lhe a mente, de súbito... Se pudesse haver chegado,
antes do companheiro – acentuava enamorado –, não lhe cederia o lugar... Sustentava a impressão de que Lina já lhe havia surgido em sonhos... E, desse modo, várias vezes repetiu confidências que me tocavam as fibras mais íntimas. Anotando-lhe o estado d'alma e reconhecendo o direito de Esteves sobre a mulher que desposara,
tentei retrair-me... Calquei o sentimento e procurei o olvido necessário... A paixão de Júlio era demasiado forte para resignarse.
Insinuou-se junto à recém-casada, cobriu-a de gentilezas e, provavelmente, quem sabe? Nas vicissitudes da guerra e quase criança para guardar-se, como era preciso, nas responsabilidades do casamento, Lina envolveu-se nas atenções do rapaz, fazendolhe concessões... Recordo-me do dia em que Esteves me procurou, desolado, comentando o golpe que recebera... Chorou debruçado nos meus ombros. Desejava desaparecer, aniquilar-se... Fiz-lhe observar, porém, a inoportunidade de qualquer violência... Enfermeiro bem conceituado e protegido do Conselheiro Silva Paranhos,
nosso embaixador em missão extraordinária, junto às Repúblicas do Prata, não lhe seria difícil a retirada de Assunção...
Assim aconteceu. Esteves afastou-se, primeiramente rio abaixo, na direção de Villeta, de onde havia trazido a esposa e onde se achavam, retardados, alguns camaradas enfermos, aos quais prestaria assistência... Nada mais soube dele, a não ser que havia morrido misteriosamente em Piraju...
Evidenciando enorme padecimento moral, diante daquelas evocações, Silva estremeceu e, aproveitando o intervalo que se fizera, bradou, agoniado:
– E a tua participação no infortúnio de minha casa? quem me convencerá de que também não te achavas de parceria com Júlio, na destruição de minha felicidade? Infames!..
Clarêncio, afetuoso, acomodou o enfermeiro irritado, recomendando-lhe esperar a narração, até o fim.
Amaro não perdera a calma.
Assinalou a objurgatória do adversário, fixando triste sorriso, e continuou:
– Sim, minha confissão deve ser exata e completa... Entendendo que Lina e Júlio se haviam ajustado para a vida comum, tentei distanciar-me... Temia por mim mesmo. Lina, no entanto, como que me registrava a inclinação imanifesta... Deitava-me
olhares que me acordavam, simultaneamente, para a alegria e para a dor. Queria aproximar-me e fugir dela, ao mesmo tempo... A princípio, tentei evitá-la; contudo, o afastamento do Marquês de Caxias deixava as tropas com larga provisão de tempo para diversões...
Instado talvez pela companheira, Júlio constrangia-me a freqüentar-lhe a casa. O jogo alegre e o chá saboroso reuniam-nos os três, noite a noite... Amedrontado, ante o sentimento que a moça despertava em meu coração, não somente porque não devia
perturbar-lhe a harmonia doméstica, mas também porque possuía uma noiva no Brasil, busquei isolar-me, de novo... Reparando, todavia, o assédio de Lina, resolvi asilar-me no trabalho mais intenso e consegui a designação para servir na vigilância noturna do Palacete Resquin, onde a ocupação concentrava todos os assuntos
e documentos de interesse do nosso País... Ela, entretanto, não desistiu do propósito de que se animava. Certa noite, procurou-me, disfarçada em mulher do povo... A sós comigo, confessou-se... Declarava-se atormentada, aflita... Sentira-se amada por Esteves e via-se ardentemente querida por Júlio, mas não pudera
interessar-se pela felicidade junto deles, odiando-os por fim...
Amaro confiou-se a longa pausa e continuou:
– Quem poderá explicar os enigmas do coração humano?
Quem possuirá bastante visão para surpreender os caminhos da alma? Incapaz de dominar-me, cometi a falta de assumir um compromisso espiritual que não me competia... Lina agarrou-se ao meu afeto com o vigor da hera numa construção sem defesa... E foi assim que, em certa manhã de maio, meu companheiro encontrou-nos juntos... Desesperado, Júlio ingeriu grande quantidade de corrosivo, mas, amparado suficientemente, foi salvo... Debalde, porém, submeteu-se ao tratamento na caserna. Adquiriu estranhos padecimentos da garganta e do esôfago e, não sabendo como
suportar as provações físicas e morais, arrastou-se, um dia, até às águas do Paraguai, supondo encontrar na morte a paz que procurava...
Experimentando pesados remorsos, por minha vez perdi a afeição que me algemava à mulher que nos atraíra e infelicitara e fugi dela, fugi incorporando-me às tropas que combateriam os derradeiros remanescentes de Solano López, na Cordilheira...
Prometi-lhe a volta, todavia, terminada a luta, tornei à pátria por outros caminhos, decidido a jamais reencontrá-la...
Amaro, mais comovido, passou a destra pelo rosto e prosseguiu, depois de breve pausa:
– Dez anos correram, apressados... Novamente no Rio, caseime e fui feliz... Numa noite de chuva forte, minha esposa e eu tornávamos do teatro, quando os cavalos em disparada colheram pobre mulher embriagada na via pública... O cocheiro sofreou os
animais e desci a socorrê-la... E enquanto minha companheira continuava o trajeto para a casa, procurei internar a mísera criatura para a assistência imediata... Guardas e populares auxiliaram-me a empresa, mas com inesquecível assombro, quando a mulher foi recolhida ao leito, de ventre rasgado a esvair-se em sangue, nela identifiquei Lina Flores... Por dois dias lutou contra a morte...
A infeliz reconheceu-me, relacionou as desditas que atravessara, desde que se viu sozinha no Paraguai, esclareceu que viera ao Rio à minha procura e emocionou-me com a narração do drama angustioso em que vivia, tentando a recuperação da felicidade
que perdera para sempre... Morreu revoltada e sofredora, amaldiçoando o mundo e as criaturas...
Amaro interrompeu-se, titubeante.
Mário Silva, estupefato, fixava-o, entre o desespero e o pavor.
Notava-se que o ferroviário esforçava-se, em vão, para reaver novas faixas da memória.
Nosso instrutor, contudo, afagou-lhe a fronte, envolvendo-o em renovadas forças magnéticas, e perguntou:
– Onde voltaste a vê-la?
O interpelado esboçou o sorriso de quem recolhera a resposta em si mesmo e informou:
– Ah! sim... reencontrei-a na vida espiritual. Achava-se unida a Júlio em aflitivas condições de sofrimento depurador... Compreendi a extensão de meu débito e prometi ressarci-lo... Ampará-losia...
Auxiliaria os dois na senda terrestre... Lutaríamos, lado a lado, para conquistar a coroa de redenção... Sim, sim, o destino!...
É preciso solver os compromissos do passado, conquistando o futuro!...
Calou-se o esposo de Zulmira, visivelmente fatigado, mas o enfermeiro, não obstante contido pela força paternal de Clarêncio, começou a chamar por Júlio emitindo brados terríveis.