domingo, 18 de novembro de 2012

LIVRO: VOLTEI DE CHICO XAVIER PELO ESPÍRITO DE FREDERICO FIGNER


DIFICULDADE NO INTERCÂMBIO

Mas, o serviço não é tão fácil quanto parece à primeira vista. Podemos certamente visitar amigos e influenciá-los; todavia, para isso, copiamos o esforço dos profissionais da telepatia. Emitimos o pensamento, gastando a potência mental em  dose alta e, se a pessoa visada se mostra sensível, então é possível transmitir -lhe  ideias; com relativa facilidade. Por vezes, a deficiência do receptor, aliada às múltiplas  ondas que o cercam, impede a consumação de nossos propósitos. Se o instrumento de  intercâmbio permanece absorto nas preocupações da luta comum, é difícil estabelecer a preponderância de nossos desejos.
A mente humana; atraí ondas de força, que variam de acordo com as emissões  que lhe caracterizam as atividades. No aparelho mediúnico, esse fenômeno é mais  vivo. Pela sensibilidade que lhe marca as faculdades registradoras, o médium projeta  energias em busca do nosso campo de ação e recebe-as de nossa esfera com intensidade indescritível.
Calculam, pois, os obstáculos naturais que nos cerceiam as intenções. Se não  há combinação fluídico-magnética entre o Espírito comunicante e o recipiente humano, realizar-se-á nosso intento apenas em sentido parcial. 
É quase impossível impormos nossa individualidade completa.  Ainda mesmo em se tratando da materialização, o visitante do “outro mundo”  depende das organizações que o acolhem.
Se o médium relaxa a obrigação de manter o equilíbrio fisiopsíquico e se os  companheiros que lhe integram o grupo de trabalho vivem estonteados, sem o entendimento preciso dos deveres que lhes competem, torna-se impraticável o aproveitamento dos recursos que se nos oferecem para o bem.
Venho recebendo agora preciosas lições, quanto a isto, porque cheguei à leviandade de prometer a mim mesmo que prosseguiria, depois do sepulcro, a corresponder-me regularmente com os leitores de minhas páginas doutrinárias.
Considerava a escrita e a incorporação mediúnicas ocorrências triviais do nosso  aprendizado; no entanto, vim de reconhecer, neste plano em que hoje me encontro, a  desatenção com que assinalamos semelhantes dádivas. Esses fatos amplamente  multiplicados,  em nossos agrupamentos, traduzem imenso trabalho dos Espíritos  protetores, com reduzida compreensão por parte dos que a eles assistem.
Passei a observar o porquê de muitas promessas de amigos, que se não realizaram.  Companheiros diversos haviam partido, antes de mim; convencidos de que  poderiam voltar, quando quisessem, trazendo informações da nova esfera e, embora  lhes aguardassem a palavra esclarecedora, através de reuniões respeitáveis, a solução parecia adiada, indefinidamente.
O homem encarnado é tido  em nossos círculos por arrendatário das possibilidades terrestres e, de modo algum, podemos absorve-lhe a autoridade e a direção da experiência física, tanto quanto não lhe será possível determinar na zona de trabalho que nos é própria. Em vista disso, por mais que desejemos, somos obrigados a depender de vocês em nossas comunicações e interferências.
Os amigos da vida superior necessitam da cooperação elevada, para se manifestarem nas obras de amor e fé, na mesma proporção em que as entidades votadas ao mal reclamam concurso de baixa espécie das criaturas perversas ou ignorantes, no cenário carnal. Verifica-se a mesma disposição em nossa zona de serviço. Vocês conseguirão isto ou aquilo, em nosso ambiente, dependendo, porém, das entidades que puderem mobilizar.

LIVRO: VOLTEI DE CHICO XAVIER PELO ESPÍRITO DE FREDERICO FIGNER


DE VOLTA

Há muitas semanas guardo a permissão de escrever-lhes, relacionando o noticiário do velho companheiro, já no “outro mundo”.  Aliás, isto não é novidade  para vocês, nem para mim.  Quando se me esvaía a resistência orgânica, formei o projeto de endereçar-lhes um correio de amigo, logo que a morte me arrebatasse.
O Espiritismo fora para mim não só simples crença religiosa. Tornara-se o clima  constante em que minha alma respirava, constituía elemento integrante de meu próprio ser. Daí o entusiasmo aos serviços da doutrinação e a certeza com que esperava o contentamento de fazer-me sentir aos irmãos de ideal, após a desencarnação.

ESTUDO DO LIVRO " O ESPÍRITO DA VERDADE " - MARIA J. SANCHES


NO RETOQUE DA PALAVRA
Cap. XI – Item 7 

Seja onde for, não afirme: – “Detesto esse lugar!” 
Cada criatura vive na terra dos seus credores. 
Ouvindo a frase infeliz, não grite: – “É um desaforo!” 
Invigilância alheia pede a nossa vigilância maior. 
Atravessando a madureza, não selamente: – “Já estou cansa-do”. 
Sintoma de exaustão, vontade enferma. 
Sentindo a mocidade, não assevere: – ”Preciso gozar a vida!” 
Romagem terrestre não é excursão turística. 
À frente do amigo endividado, não ameace: – “Hoje ou nunca!” 
Agora alguém se compromete, amanhã seremos nós. 
Ao companheiro menos categorizado, não ordene: – ”Faça isso!” 
Indelicadeza no trabalho, ditadura ridícula. 
Perante o doente, não exclame: – ”Pobre coitado!” 
Compaixão desatenta, crueldade indireta. 
Ao vizinho faltoso, nunca diga: “Dispenso-lhe a amizade.” 
Todos somos interdependentes. 
Sob o clima da provação, não se queixe: – ”Não suporto mais!” 
O fardo do espírito gravita na órbita das suas forças. 
No cumprimento do dever, não clame: – ”Estou sozinho.” 
Ninguém vive desamparado. 
Colhido pelo desapontamento, não reclame: – ”Que azar!” 
A Lei Divina não chancela imprevistos. 
À face do ideal, não se lastime: – “Ninguém me ajuda.” 
No Espiritismo temos responsabilidade pessoal com o Cristo.

André Luiz