domingo, 26 de agosto de 2012
ESTUDO DO LIVRO " O ESPÍRITO DA VERDADE " - MARIA J. SANCHES
COLHER E GARGANTA
Cap. IX – Item 2
Imaginemos a língua como sendo a colher do sentimento.
Mentalizemos o ouvido por garganta da alma.
Tudo o que falamos é ingrediente para a digestão espiritual.
Bondade é pão invisível.
Gentileza é água pura.
Otimismo é reconstituinte.
Consolação é analgésico.
Esclarecimento construtivo é vitamina mental.
Paciência é antitóxico.
Perdão é cirurgiareajustante.
Queixa é vinagre.
Censura é pimenta.
Crueldade é veneno.
Calúnia é corrosivo.
Conversa inútil é excedente enfermiço.
Maledicência é comida deteriorada.
Falando, edificamos.
Falando, destruímos.
Falando, ferimos.
Falando, medicamos.
Falando, curamos.
Disse o Divino Mestre: “Bem-aventurados os pacificadores...”
Usemos para com os outros o alimento da paz, porque, estendendo paz aos outros, asseguramospaz a nós mesmos. E, com a paz, conseguiremos possuir espaço e tempo terrestres, em dimensões maiores, para que aprendamos e possamos, realmente, servir.
Hilário Silva
Cap. IX – Item 2
Imaginemos a língua como sendo a colher do sentimento.
Mentalizemos o ouvido por garganta da alma.
Tudo o que falamos é ingrediente para a digestão espiritual.
Bondade é pão invisível.
Gentileza é água pura.
Otimismo é reconstituinte.
Consolação é analgésico.
Esclarecimento construtivo é vitamina mental.
Paciência é antitóxico.
Perdão é cirurgiareajustante.
Queixa é vinagre.
Censura é pimenta.
Crueldade é veneno.
Calúnia é corrosivo.
Conversa inútil é excedente enfermiço.
Maledicência é comida deteriorada.
Falando, edificamos.
Falando, destruímos.
Falando, ferimos.
Falando, medicamos.
Falando, curamos.
Disse o Divino Mestre: “Bem-aventurados os pacificadores...”
Usemos para com os outros o alimento da paz, porque, estendendo paz aos outros, asseguramospaz a nós mesmos. E, com a paz, conseguiremos possuir espaço e tempo terrestres, em dimensões maiores, para que aprendamos e possamos, realmente, servir.
Hilário Silva
domingo, 19 de agosto de 2012
ESTUDO DO LIVRO " O ESPÍRITO DA VERDADE " - MARIA DE FATIMA (FLORZINHA)
MURALHA DO TEMPO
Cap. XVIII – Item 3
“Entrai pela porta estreita; porquelarga é a porta que conduz à perdição.” – Jesus. (Mateus, 7: 13)
Em nos referindo a semelhante afirmativa do Mestre, não nos esqueçamos de que toda porta constitui passagem incrustada em qualquer construção, a separar dois lugares, facultando livre curso entre eles.
Porta, desse modo, é peça arquitetônica encontradiça em paredes, muralhas e veículos, permitindo, em todos oscasos, franco passadouro.
E as portas referidas por Jesus,a que estrutura se entrosam?
Sem dúvida, a porta estreita e a porta larga pertencem à muralha do tempo, situada à frente de todos nós.
A porta estreita revela o acerto espiritual que nos permite marchar na senda evolutiva, com o justo aproveitamento das horas.
A porta larga expressa-nos o desequilíbrio interior, com que somos forçados à dor da reparação, com lastimáveis perdas de tempo.
Aquém da muralha, o passado e o presente.
Além da muralha, o futuro e a eternidade.
De cá, a sementeira do “hoje”.
De lá, a colheita do “amanhã”.
A travessia de uma das portas é ação compulsória para todas as criaturas.
Porta larga – entrada na ilusão – saída pelo reajuste...
Porta estreita – saída do erro – entrada na renovação...
O momento atual é de escolha da porta, estreita ou larga.
Os minutos apresentam valores particulares, conforme atravessemos a muralha, pela porta do serviço e da dificuldade ou através da porta dos caprichos enganadores.
Examina, por tua vez, qual a passagem que eleges por teus atos comuns, na existência que se desenrola, momento a momento.
Por milênios, temos sido viajores do tempo a ir e vir pela porta larga, nos círculos de viciação que forjamos para nós mesmos, engodados na autoridade transitória e na posse amoedada, na beleza física e na egolatria aviltante.
Renovemo-nos, pois, em Cristo, seguindo-o, nas abençoadas lições da porta estreita, a bendizer os empecilhos da marcha, conservando alegria e esperança na conversão do tempo em dádivas da Felicidade Maior.
Emmanuel
Cap. XVIII – Item 3
“Entrai pela porta estreita; porquelarga é a porta que conduz à perdição.” – Jesus. (Mateus, 7: 13)
Em nos referindo a semelhante afirmativa do Mestre, não nos esqueçamos de que toda porta constitui passagem incrustada em qualquer construção, a separar dois lugares, facultando livre curso entre eles.
Porta, desse modo, é peça arquitetônica encontradiça em paredes, muralhas e veículos, permitindo, em todos oscasos, franco passadouro.
E as portas referidas por Jesus,a que estrutura se entrosam?
Sem dúvida, a porta estreita e a porta larga pertencem à muralha do tempo, situada à frente de todos nós.
A porta estreita revela o acerto espiritual que nos permite marchar na senda evolutiva, com o justo aproveitamento das horas.
A porta larga expressa-nos o desequilíbrio interior, com que somos forçados à dor da reparação, com lastimáveis perdas de tempo.
Aquém da muralha, o passado e o presente.
Além da muralha, o futuro e a eternidade.
De cá, a sementeira do “hoje”.
De lá, a colheita do “amanhã”.
A travessia de uma das portas é ação compulsória para todas as criaturas.
Porta larga – entrada na ilusão – saída pelo reajuste...
Porta estreita – saída do erro – entrada na renovação...
O momento atual é de escolha da porta, estreita ou larga.
Os minutos apresentam valores particulares, conforme atravessemos a muralha, pela porta do serviço e da dificuldade ou através da porta dos caprichos enganadores.
Examina, por tua vez, qual a passagem que eleges por teus atos comuns, na existência que se desenrola, momento a momento.
Por milênios, temos sido viajores do tempo a ir e vir pela porta larga, nos círculos de viciação que forjamos para nós mesmos, engodados na autoridade transitória e na posse amoedada, na beleza física e na egolatria aviltante.
Renovemo-nos, pois, em Cristo, seguindo-o, nas abençoadas lições da porta estreita, a bendizer os empecilhos da marcha, conservando alegria e esperança na conversão do tempo em dádivas da Felicidade Maior.
Emmanuel
domingo, 12 de agosto de 2012
ESTUDO DO LIVRO " O ESPÍRITO DA VERDADE " - MARIA J. SANCHES
AÇÃO DA PRECE
Cap. XXV – Item 7
Você é o lavrador.
O outro é o campo.
Você planta.
O outro produz.
Você é o celeiro.
O outro é o cliente.
Você fornece.
O outro adquire.
Você é o ator.
O outro é o público.
Você representa.
O outro observa.
Você é a palavra.
O outro é o microfone.
Você fala.
O outro transmite.
Você é o artista.
O outro é o instrumento.
Você toca.
O outro responde.
Você é a paisagem,
O outro é a objetiva.
Você surge.
O outro fotografa.
Você é o acontecimento.
O outro é a notícia.
Você age.
O outro conta.
Auxilie quanto puder.
Faça o bem sem olhar a quem.
Você é o desejo de seguir para Deus.
Mas, entre Deus e você, o próximo é a ponte.
O criador atende às criaturas, através das criaturas.
É por isso que a oração é você, mas o seu merecimento está
nos outros.
André Luiz
Cap. XXV – Item 7
Você é o lavrador.
O outro é o campo.
Você planta.
O outro produz.
Você é o celeiro.
O outro é o cliente.
Você fornece.
O outro adquire.
Você é o ator.
O outro é o público.
Você representa.
O outro observa.
Você é a palavra.
O outro é o microfone.
Você fala.
O outro transmite.
Você é o artista.
O outro é o instrumento.
Você toca.
O outro responde.
Você é a paisagem,
O outro é a objetiva.
Você surge.
O outro fotografa.
Você é o acontecimento.
O outro é a notícia.
Você age.
O outro conta.
Auxilie quanto puder.
Faça o bem sem olhar a quem.
Você é o desejo de seguir para Deus.
Mas, entre Deus e você, o próximo é a ponte.
O criador atende às criaturas, através das criaturas.
É por isso que a oração é você, mas o seu merecimento está
nos outros.
André Luiz
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
ESTUDO DO LIVRO " SEXO E DESTINO " - MARIA J. SANCHES E JULIANA SOLARE
Capítulo 11
Colaborando nós na assistência a
Dona Beatriz, que enlanguescia sempre, tornamos a ver Marita, no
encerramento da tarefa diária.
Chegara novembro com chuvas
torrenciais.
Naquele dia, depois de algumas
horas marcadas de canícula intensa,
nuvens gigantescas ocultaram os picos,
abreviando o crepúsculo, que se adensava, abastecido de água e névoa.
Copacabana molhada, nas horas de
movimentação culminante, acentuara a algazarra. Todo o povo que
transitava nas ruas parecia disputar a melhor num concurso de pressa. Maratona
improvisada. Veículos despejavam filas
enormes de pessoas, evidentemente sequiosas
de tranqüilidade doméstica,que vinham do norte e do centro, carros fonfonavam no
espelho irrigado do asfalto, pedindo vez.
Transeuntes encapuzados
acotovelavam-se, esperando as conduções que vinham do extremo sul.
A filha adotiva de Cláudio
alcançou o vasto edifício, arrostando o aguaceiro.
De Copacabana ao Flamengo, o
trajeto de ônibus, tão logo iniciado, fora rápido, e do coletivo até a casa o trecho
de caminho constara simplesmente de alguns passos; contudo, mesmo assim,
despiu a capa, diante do elevador, como quem deixava a piscina.
Tudo frio e sombra, em torno;
entretanto, mais dolorida que a tarde caliginosa, surgia-lhe a alma atormentada,
através dos olhos pisados de cansaço e vigília.
De subida, a vizinha
solicitou-lhe a atenção para os adornos leves que carregava numa cesta de arame. A
jovem, chamada a si, examinou ligeiramente os papéis pintados para festiva
noite de aniversário, em apartamento próximo, pronunciou automaticamente
breves palavras de admiração e ensimesmou-se, abafada, para somente aliviar-se, de algum
modo, ao reconhecer-se no recanto familiar.
Ninguém a esperava.
Sozinha, estirou-se no leito,
procurando recapitular os acontecimentos da véspera, mas o estômago reclamava
alimento. Recordou que varara o dia em absoluto jejum. Levantou-se.
Consultou os recursos da copa;
entretanto, os pratos que haviam sobejado não lhe acordaram o apetite. Não
obstante a temperatura baixa a se lhe refletir nas mãos álgidas, sentia excitação,
calor. Fatigara-se de pensar, trazia os nervos tensos. Desejou mate frio. Abriu
a geladeira e serviu-se. Parou os olhos pestanejantes no telefone a
distância curta. Não se conteve. Discou. Da residência dos Torres, porém, uma voz
imprecisa informou que Gilberto saíra, não estava. Ela esmoreceu ainda mais ...
Arrastou-se, tornando ao quarto,
e descerrou a janela. Queria desafogar-se
no ar fresco.
Debruçou-se no parapeito,
contemplando a cidade, lá em baixo - Sob
a chuva, os automóveis figuravam-se
animais fugitivos.
A moça refletia, refletia...
Mirando o casario iluminado, deduziu que milhares de pessoas aí se aglomeravam,
suportando talvez problemas piores ou semelhantes aos dela, inquirindo, em vão, de
si mesma, o porquê de encontrar-se tão entranhadamente agrilhoada a
Gilberto, quando centenas de rapazes respiravam, não longe, com excelentes
predicados para lhe interessaremo coração.
Sentia-se desalentada,
insatisfeita. Aspirava a entreter-se, fugir de si mesma.
Inutilmente fez menção de
envergar um casaco e descer à rua, a fim de se distrair, apesar do mau tempo.
Entretanto, não era apenas a chuva copiosa que lhe frustrava os impulsos. O
espírito almejava deslocar-se, o corpo não. Exacerbação e fadiga. Tentou
engolfar-se na leitura, reacomodando-se no leito, depois de
apanhar uma novela, em que o
marcador lhe indicava o lance interrompido, mas lembrou-se de Cláudio. O pai
adotivo raramente atrasava e, desde a véspera, não conseguia recordá-lo sem temor.
Reergueu-se e preparou-separa o descanso.
Precavida, apagou todas as luzes.
Quando chegasse, decerto acredita-la-ia distante.
Trancada agora na sombra,
atirou-se à cama, com o abandono de quem larga um fardo importuno, e passou a
meditar... Realinhavou na memória todas
as esperanças e sonhos, provas e
inibições da existência curta, deitando lágrimas no linho do travesseiro.
Daí a instantes, escutou os
passos do chefe da casa, que se movia de uma peça para outra.
Pela sutileza do andar, percebeu
quando Cláudio veio, muito de leve, espreitar-lhe o aposento.
Experimentou a maçaneta, mas não
insistiu. Ela e Marina guardavam o hábito da vedação, ao se ausentarem à
noite. Ouviu o barulho inconfundível da garrafa em atividade e, logo após,
assinalou-lhe o regresso à rua, ao mesmo tempo que lhe notava o nervosismo pela maneira
violenta de cerrar a porta, ao sair.
Aliviada, fez-se menos inquieta.
Marita achava-se realmente só, de
vez que até mesmo os dois vampirizadores do apartamento, ao que
presumíamos, andavam fora, ajustados ao companheiro.
Horas passaram, lentas,
difíceis...
Onze em ponto, quando Neves e eu
nos dispusemos ao socorro magnético.
Oramos, exorando a bênção do
Cristo e o concurso do irmão Félix, a beneficio da moça exausta.
Mobilizamos as possibilidades de
nosso âmbito estreito.
Ela, a princípio, reagiu
negativamente, empenhando-se na vigilia,
mas cedeu, enfim.
Operamos, cautelosos,
reduzindo-lhe a capacidade de movimentação, obrigados que nos víamos a
prever-lhe o intento de reunir-se a Gilberto, qual sucedera na véspera.
Efetivamente, desligada do corpo,
expressou completo alheamento, sem manifestar o mínimo interesse
pelo ambiente.
Absorvida na paixão que lhe
empalmava todas as forças, monologava, ideando alto:
— Gilberto! Onde está Gilberto?
Tentou equilibrar-se; entretanto,
rodopiou, vacilante.
— Alguém que me ampare! —
mendigou, aflita — preciso encontrá-lo, encontrá-lo!...
Apoiamo-la, prestos.
Iniciávamos a saída quando se
abeirou de nós simpática senhora desencarnada, declarando-se
mensageira do irmão Félix, que nos esperava num posto socorrista.
Prestimosa, abraçou a paciente
com o jeito característico da mulher e pusemo-nos mais facilmente a caminho.
Demandaríamos bairro próximo,
onde respeitável instituição espírita-cristã nos ofereceria aconchego — instruiu a
recém-chegada, que se nos apresentara
sob o nome de irmã Percília.
Notei que Neves e ela permutaram
delicadezas mudas, revelando conhecimento anterior.
Percília, contudo, não se demorou
em qualquer consideração individual. Mais entregue ao trabalho que a si
mesma, conversou com a frágil menina, encorajando-a. Esforçava-se por
descentralizar-lhe a atenção, apontando quadros e ocorrências do trajeto, sem resultado. A moça
não apresentava outros pensamentos, palavras e objetivos que não fossem
Gilberto. Fascinação, enredando todos os reflexos. A cada apontamento afetuoso,
revidava perguntando em que lugar e a
que instante
seria finalmente conduzida à
presença dele, ao que a benfeitora respondia, com admirável senso materno, sem a
menor expressão de chiste ou desagrado, qual se palestrasse com uma filha doente,
procurando reajustá-la dentro de amorosa solicitude, comportamento esse
com que nos impelia à imitação. Nem Neves e nem eu nos sentíamos, dessa forma,
inclinados a considerar, de maneira negativa, nenhuma daquelas frases francas
de menina e moça, que lhe denotavam os estímulos sexuais, limpos e
inocentes, convertendo-a, naquela hora, em criança extrovertida.
Alcançando o recinto de
atividades espirituais que se nos erguia por meta, fomos acolhidos pelo irmão Félix,
em pessoa, acompanhado de mais dois amigos.
O instrutor inteirou-nos de que
nos recebera o comunicado, acentuando, modesto, que, dispondo de algum
tempo, deliberara vir,ele próprio, examinar o que sucedia.
Marita contemplou-o extática,
indiferente, figurando-se aparvalhada, absolutamente inepta e distante
para avaliar a importância do sábio que a brindava com paternais gentilezas.
Mentalmente encravada nas
recordações do jovem Torres, as indagações que propunha dariam decerto para
escandalizar, não estivéssemos
preparados a fim de auscultar-lhe os conflitos.
Amparada por Félix que nos
dirigia, tolerante, entrou no edifício, inquirindo se havia chegado, por fim, ao clube
onde comumente surpreendia Gilberto; encaminhada ao compartimento
espaçoso, em que recolheria o necessário
socorro magnético, quis saber o motivo
pelo qual se imprimira tanta mudança ao salão de
baile; mirando, distanciada,
pequena equipe de servidores desencarnados, que desenvolvia tarefa assistencial,
em ângulo oposto, alegou que a orquestra não devia adotar silêncio contínuo, e,
escutando as buzinas que guinchavam, na rua, procurou descobrir se Gilberto vinha
chegando para dançar.
De raciocínio obliterado, qual se
achava, lobrigava por fora as criações mentais que arquitetava por dentro, sem
ligeira noção da realidade exterior.
Félix, no entanto, ouvia-lhe
todas as manifestações inconsideradas, com a ternura de um pai. Grave sem
aspereza, compreensivo sem atitudes açucaradas que lhe comprometessem a
autoridade de educador. Replicava sempre entre a bondade e a circunspecção devidas
a um enfermo, abstendo-se de
melindrar-lhe os sentimentos ou de encorajar-lhe
as ilusões.
Instalando-a em ampla cadeira,
fé-la descansar na hipnose tranqüila.
Calou-se Marita, ilhada nas
memorizações em que se comprazia, ao passo que o instrutor lhe ministrava passes
balsâmicos.
A operação magnética foi longa,
minuciosa.
Em seguida, Félix rogou-lhe
falar, expondo o que mais anelasse de nós, ao que a moça gaguejou acanhada,
suplicando a presença de Gilberto e asseverando que alimentava dúvidas sobre se
aquele era realmente o grêmio em que se entrevistavam... Pediu socorro,
proteção... Inclinou-se para Percília, no impulso da
criança, quando tem fome do colo
materno, e chorou, de manso, como a
implorar que não a detivéssemos.
O irmão Félix, compassivo,
informou-nos, sem que a paciente lhe penetrasse o fundo das elucidações, que,
infelizmente, a intervenção efetuada em favor dela não poderia ultrapassar a superfície,
prevalecendo tão só para a sustentação do repouso físico; que a paixão juvenil
se convertera em psicose grave; que a pobre menina se deixara arrastar pelo desvario
afetivo, a ponto de cair no pior tipo de possessão, aquele no qual a vítima adere,
gostosamente, ao desequilíbrio em que se consome.
E acentuou que lhe consultara o
organismo, no sentido de se lhe atalhar a alienação mental começante, com o
socorro de alguma enfermidade séria que, ao arrojá-la no leito, lhe modificaria
a mente, predispondo-a a diferentes impressões; entretanto, o corpo da jovem não
se mostrava habilitado a receber esse
gênero de
amparo. Marita, sumamente
desorientada e enfraquecida, desencarnaria no desajuste orgânico mais
pronunciado que viesse a sofrer, em caráter providencial.
Não surgia outra alternativa,
senão a de esperar pela resistência moral dela própria.
Convidados a escoltá-la até a
casa, Neves, Percília e eu colocamo-nos, de volta.
Marita não revelava aspecto algum
para melhor, quanto à condição mental, mas o auxílio magnético surtira
efeito imediato e salutar, porquanto, reajustada ao corpo denso, passou a repousar sem
agitação, pelo que deixamo-la a dormir profundamente.
Despedimo-nos de Percília, ante o
céu estrelado, e, de novo a sós, talvez porque me sentisse a indagação
inarticulada, Neves confidenciou:
— André, você conhece essa
senhora?
E, ao meu sinal negativo:
— Essa é a mesma que eu vi no
cabaré, quando agredi meu genro, num gesto impensado; a desconhecida que me
apoiou, no regresso ao aposento de Beatriz, apenas com a diferença de que
hoje não traz consigo o distintivo luminoso... Mas, não tenho dúvida alguma. É a
mesma pessoa...
domingo, 5 de agosto de 2012
ESTUDO DO LIVRO " O ESPÍRITO DA VERDADE " - MARIA J. SANCHES
EM PLENA ERA NOVA
Cap. XVIII – Item 9
Há criaturas que deixaram, na Terra, como único rastro da vida robusta que usufruíam na carne,o mausoléu esquecido num canto ermo de cemitério.
Nenhuma lembrança útil.
Nenhuma reminiscência em bases de fraternidade.
Nenhum ato que lhes recorde atitudes com padrões de fé.
Nenhum exemplo edificante nos currículos da existência.
Nenhuma idéia que vencesse a barreira da mediocridade.
Nenhum gesto de amor que lhes granjeasse sobre o nome o orvalho da gratidão.
A terra conservou-lhes, à força, apenas o cadáver – retalho de matéria gasta que lhes vestira o espírito e que passa a ajudar, sem querer, no adubo às ervas bravas.
Usaram os empréstimos do Pai Magnânimo exclusivamente
para si mesmos, olvidando estendê-los aos companheiros de evolução e ignorando que a verdadeira alegria não vive isolada numa só alma, pois que somente viceja com reciprocidade de vibrações entre vários grupos de seres amigos.
Espíritas, muitos de nós já vivemos assim!
Entretanto, agora, os tempos são outros e as responsabilidades surgem maiores.
O Espiritismo, a rasgar-nos nas mentes acanhadas e entorpecidas largos horizontes de ideal superior, nos impele para frente, rumo aos Cimos da Perfectibilidade.
A Humanidade ativa e necessitada, a construir seu porvir de triunfos, nos conclama ao trabalho.
O espírito é um monumento vivo de Deus – o Criador Amorável. Honremos a nossa origem divina, criando o bem como chuva de bênçãos ao longo de nossas próprias pegadas.
Irmãos, sede vencedores da rotina escravizante.
Em cada dia renasce a luz de uma nova vida e com a morte somente morrem as ilusões.
O espírito deve ser conhecido por suas obras.
É necessário viver e servir.
É necessário viver, meus irmãos, e ser mais do que pó!
Eurípedes Barsanulfo
Cap. XVIII – Item 9
Há criaturas que deixaram, na Terra, como único rastro da vida robusta que usufruíam na carne,o mausoléu esquecido num canto ermo de cemitério.
Nenhuma lembrança útil.
Nenhuma reminiscência em bases de fraternidade.
Nenhum ato que lhes recorde atitudes com padrões de fé.
Nenhum exemplo edificante nos currículos da existência.
Nenhuma idéia que vencesse a barreira da mediocridade.
Nenhum gesto de amor que lhes granjeasse sobre o nome o orvalho da gratidão.
A terra conservou-lhes, à força, apenas o cadáver – retalho de matéria gasta que lhes vestira o espírito e que passa a ajudar, sem querer, no adubo às ervas bravas.
Usaram os empréstimos do Pai Magnânimo exclusivamente
para si mesmos, olvidando estendê-los aos companheiros de evolução e ignorando que a verdadeira alegria não vive isolada numa só alma, pois que somente viceja com reciprocidade de vibrações entre vários grupos de seres amigos.
Espíritas, muitos de nós já vivemos assim!
Entretanto, agora, os tempos são outros e as responsabilidades surgem maiores.
O Espiritismo, a rasgar-nos nas mentes acanhadas e entorpecidas largos horizontes de ideal superior, nos impele para frente, rumo aos Cimos da Perfectibilidade.
A Humanidade ativa e necessitada, a construir seu porvir de triunfos, nos conclama ao trabalho.
O espírito é um monumento vivo de Deus – o Criador Amorável. Honremos a nossa origem divina, criando o bem como chuva de bênçãos ao longo de nossas próprias pegadas.
Irmãos, sede vencedores da rotina escravizante.
Em cada dia renasce a luz de uma nova vida e com a morte somente morrem as ilusões.
O espírito deve ser conhecido por suas obras.
É necessário viver e servir.
É necessário viver, meus irmãos, e ser mais do que pó!
Eurípedes Barsanulfo
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