segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

SEMANA - ESTUDO DO EVANGELHO CAPÍTULO 10 ÍTEM 15 - MARIA J. CAMPOS



FONTE BÁSICA

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo.

PERDÃO DAS OFENSAS

1.Devemos perdoar indistintamente a todos quanto nos ofendam?
R – Sim. Devemos perdoar sempre e a todos, amigos e inimigos, pois perdoar aos amigos é dar-lhes uma prova de amizade, e perdoar aos inimigos é pedir perdão para si próprio.

“Perdoar as ofensas é mostrar-se melhor do que era.”

2. Como a atitude de perdoar ou não se reflete em nossa vida?

R – Se perdoarmos, também seremos perdoados. Se, ao contrario, formos duros, exigentes, inflexíveis e usarmos de rigor até por uma ofensa leve, o mesmo tratamento receberemos.

“Como querereis que Deus esqueça de que a cada dia maior necessidade tendes de indulgência?” “Ai daquele que diz: “Nunca perdoarei”, pois pronuncia a sua própria condenação”.

3. A certeza que sempre nos acode de que formos ofendidos e temos a razão do nosso lado, torna-nos propensos a perdoar?

R – Não. Este procedimento endurece-nos o coração, pois nosso orgulho e nossa vaidade levam-nos a crer que sempre estamos certos. Por isso, ao enfrentar tais situações, consultemos o nosso íntimo e, se formos honestos, admitiremos que, em grande parte das vezes, fomos o agressor.

Se, nesta luta que começa com uma alfinetada e acaba com uma ruptura, fomos nós quem atiramos primeira pedra, cabe-nos ser indulgentes com a suscetibilidade do próximo.

4. E se fomos realmente ofendidos, como devemos agir?

R – Analisemos se não exaltamos os ânimos por meio de represálias, contribuindo para que degenerasse em querela grave um desentendimento que poderia ser facilmente superado..

“Se de vós dependia impedir as conseqüências de um desentendimento e não impedistes, sois culpados”.

5. Que atitude devemos tomar quando, examinando a fundo nossa consciência, de nada nos censurarmos?

R – Sejamos indulgentes para com as fraquezas do nosso irmão e usemos de clemência para com ele, rogando a Deus, em nome de Jesus, pelo seu esclarecimento e progresso espiritual.

“ Admitamos, finalmente, que de nenhuma censura vos reconheceis merecedores: mostrai-vos clementes e, com isso, só fareis que o vosso mérito cresça.”

6. É possível perdoar alguém e alegrar-se por alguém mal que lhe advenha?

R – Neste caso não há perdão verdadeiro, pois quem assim age guarda rancor do próximo e alimenta no coração sentimento de vingança.

O perdão é ato de amor; por isso, quem perdoa alguém sinceramente não pode regozijar-se com o seu sofrimento.

7. Perdoar é simplesmente afastar-se do agressor?

R – Não. Aquele que diz perdoar desde que jamais se aproxime do inimigo, não perdoou verdadeiramente: guarda ainda no coração ódio e ressentimento .

“O rancor é sempre sinal de baixeza e inferioridade.”

8. Qual o verdadeiro perdão?

R – Aquele que lança um véu sobre o passado, esquece as mágoas e elimina as queixas, possibilitando uma convivência fraterna.

“O esquecimento completo e absoluto das ofensas é peculiar às grandes almas”.

9. Como podemos vivenciar este ensinamento no dia-a-dia?

R – Buscando libertar-nos dos sentimentos de ódio e mágoa que guardamos do nosso próximo, através do perdão sincero; e, paralelamente, evitando que simples dissensões derivem para malquerenças e inimizades, pela vivência constante da fraternidade, ensinada no Evangelho de Jesus.

“Quando transportarmos para a vida prática os luminosos ensinamentos do Cristo, preferindo perdoar a usar de represálias, retribuindo ao mal com o bem, a paz e a alegria farão morada permanente em nossos corações”. (R. Calligaris/As Leis Morais – A pena de Talião).

Conclusão:
Perdoemos sempre, para que Deus nos perdoe, pois o rigor que usarmos para com o próximo será igualmente usado para conosco.