segunda-feira, 16 de agosto de 2010

SEMANA - ESTUDO DO EVANGELHO CAPÍTULO 13 ÍTEM 17 - MARIA J. CAMPOS



FONTE BÁSICA

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo.

NÃO SAIBA A VOSSA MÃO ESQUERDA O QUE DÊ A VOSSA MÃO DIREITA

A Piedade

1. O que é piedade?
É a simpatia espontânea e desinteressada que experimentamos ao presenciar o sofrimento do nosso irmão.

“A piedade é a virtude que mais vos aproxima dos anjos; é a irmã da caridade, que vos conduz a Deus”.

2. Por que é necessário que te tenhamos piedade, diante do sofrimento do próximo?
Porque este sentimento, se sincero e profundo, nos levará à prática da caridade, pois nos sensibilizará ao ponto de desejar minorar-lhe o sofrimento, através dos meios de que dispusermos.

A piedade bem sentida é amor, devotamento, esquecimento de si mesmo, abnegação em favor dos desgraçados. A piedade é a mola propulsora da caridade: não a praticamos senão quando nos compadecemos do sofrimento alheio.

3. Por que é comum refrear este sentimento, evitando encarar o sofrimento alheio?
Porque o egoísmo e o orgulho endurecem o nosso coração, gerando a indiferença, o comodismo, o medo de sermos importunados em nossa tranqüilidade, ou lesados nos bens materiais.

“O sentimento mais apropriado a fazer que progridais, domando em vós o egoísmo e o orgulho, aquele que dispõe vossa alma à humildade, à beneficência e ao amor ao próximo é a piedade.”
“Temei conservar-vos indiferentes, quando puderdes ser úteis.”


4. Nossos problemas não são mais importantes do que os do próximo?
Sem dúvida são importantes, mas, muitas vezes, no auxilio ao próximo está o caminho para a solução dos nossos próprios problemas.

“É consolando que se é consolado”.

5. Por que Jesus nos orientou para sermos caridosos, não julgando, mas perdoando e auxiliando sempre?
Para que nos livrássemos de experimentar a mesma dor que presenciamos, situação que a Lei de Deus prevê para os insensíveis.

Quando o sofrimento alheio não nos sensibiliza, a Orientação Divina estatui venhamos a experimentá-lo igualmente, para avaliar a dor do próximo e nos predispor a ampará-lo. (Caibar Schutel/O Espírito da Verdade- nº26).

6. Que compensação tem aquele que cultiva a piedade?
Ao contato com a desgraça de outrem, é inevitável que sofra natural abalo. Porém, ao compadecer-se do irmão em sofrimento e dele receber reconhecimento, experimenta penetrante suavidade que lhe enche a alma de alegria.

Quão longe, no entanto, se acha a piedade de causar o distúrbio é o aborrecimento de que se arreceia o egoísta (...) Grande, porém, é a compensação, quando chegais a dar coragem e esperança a um irmão infeliz...”

7- Ante aos inúmeros problemas que afligem a Humanidade, como escolhermos aquele a quem prestaremos auxílio?
Aquele que está mais próximo de nós, em nome da misericórdia divina.

8- Nossa pequena ação não seria uma gota d`água no oceano?
É possível. No entanto, é de muitas gotas que se forma o oceano.

Conclusão:

A piedade é o sentimento divino que nos impulsiona ao auxílio do próximo, à caridade. Todos trazemos no coração esta centelha de amor, que precisa do nosso esforço fraterno para expandir-se.