domingo, 6 de março de 2011

SEMANA - ESTUDO DO EVANGELHO CAPÍTULO 16 ÍTENS 11 e 12 - MARIA J. CAMPOS



FONTE BÁSICA

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo.

NÃO SE PODE SERVIR A DEUS E A MAMON

Emprego da Riqueza

1. O que podemos entender com a frase: “Não podeis servir a Deus e a Mamon”?
Que o amor aos bens e gozos materiais é incompatível com o amor a Deus e ao próximo, visto que aprisiona o homem nas cadeias do egoísmo, levando-o a empregar sua riqueza exclusivamente na satisfação pessoal.

“Se, pois, sentis vossa alma dominada pelas cobiças da carne, dai-vos pressa em alijar o jugo que vos oprime.”

2. É justo utilizarmos a riqueza em nosso bem-estar pessoal?
Sim, desde que respeitemos os limites de nossas necessidades. Ocorre que, normalmente, abusamos desse uso, esquecendo dos nossos irmãos que morrem à míngua, sem o mínimo indispensável à própria subsistência.

“Deus, justo e severo, vos dirá: Que fizeste, ecônomo infiel, dos bens que te confiei?”.

3. Qual o melhor emprego que se pode dar à riqueza?
Utilizá-la conforme os preceitos da verdadeira caridade, que nos ensina a dar com amor, não apenas do que nos sobra, mas um pouco do que nos é necessário.

“Procurais – nestas palavras: “Amai-vos uns aos outros” a solução do problema. (...) Rico!... dá do que te sobra; faze mais:dá um pouco do que te é necessário, porquanto o de que necessitas ainda é supérfluo.”

4. Como devemos atender os nossos irmãos necessitados?
Com sabedoria; sem desconfiança; buscando conhecer as origens de suas necessidades para, se possível, eliminá-las; procurando as vítimas das desgraças para erguê-las, sem as humilhar; indo além do socorro simplesmente material, difundindo o amor de Deus, o amor ao trabalho, o amor ao próximo.

“Alivia primeiro; em seguida informa-te e vê se o trabalho, os conselhos, mesmo a afeição, não serão mais eficazes do que a tua esmola.”

5. E a riqueza do espírito, como devemos utilizá-la?
Tal como as riquezas materiais, as riquezas do espírito devem ser empregadas nas boas obras em favor dos nossos irmãos, visando ao seu esclarecimento e progresso moral.

“Derrama em torno de ti os tesouros da instrução; derrama sobre teus irmãos os tesouros do teu amor e eles frutificarão.”

6. O homem confere igual importância ao bem-estar material e ao aperfeiçoamento moral?
Infelizmente não. Percebe-se que o homem concentra a maior parte de suas atenções e energias no bem-estar material, dedicando pouco ou nenhum tempo ao atendimento das necessidades espirituais.

O homem se preocupa incessantemente com o bem-estar da matéria transitória, e pouca importância dá ao aperfeiçoamento do seu espírito imortal.

7. O esforço por adquirir riquezas e usá-las a nosso bel-prazer não é legítimo?
Tanto uma atitude quanto a outra podem se constituir em equívocos de grandes conseqüências: a primeira, se estimulada exclusivamente pelo egoísmo, produz a vaidade, o orgulho, a cupidez, os excessos; a segunda, favorece o esquecimento do futuro eterno e a negligência dos deveres de solidariedade fraterna.

“Dinheiro de sobra é o amigo e servo que a Divina Providência te envia para substituir-te a presença, onde a tua mão, muitas vezes, não conseguiu chegar.”

Conclusão:

Vivamos como espíritos encarnados, conscientes de que a vida material é um instante fugaz e a vida do espírito é eterna; portanto, concedamos aos bens materiais sua real importância e busquemos, no aperfeiçoamento moral, o caminho que nos levará a Deus.