terça-feira, 31 de maio de 2011

SEMANA - ESTUDO DO EVANGELHO CAPÍTULO 17 ÍTEM 10 - MARIA J. CAMPOS


FONTE BÁSICA

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo.

O HOMEM NO MUNDO

1. Qual deve ser o nosso comportamento numa reunião em nome de Jesus?
Baseado na humildade, respeito e sem qualquer sentimento inferior no coração.

“Um sentimento de piedade deve sempre animar o coração dos que se reúnem sob as visitas do Senhor e imploram a assistência dos bons espíritos.”

2. Os bons espíritos atendem nossas súplicas?
Sim, desde que feitas com humildade e sinceridade, e quando percebem em nós o propósito de nos melhorar interiormente, e ainda quando verificam em nós as necessárias disposições para esse mister. Jamais, no entanto, para satisfazer futilidades.

A providência divina jamais deixa de atender nossas súplicas, desde que partam de um coração sincero e predisposto a evoluir e purificar-se.

3. Devemos viver sempre em prece?
A ligação com o Criador é sempre necessária e salutar. Contudo, essa ligação não significa viver uma vida mística, que nos isole da sociedade em que vivemos. Pelo contrário, quanto mais nos empenhamos no campo da fraternidade e convívio edificante com o próximo, mais ligados estaremos com Deus. O trabalho é uma prece.

Deus quer que pensemos Nele, mas cumprindo nossos deveres no mundo, vivendo como devem viver os homens de nossa época.

4. Devemos evitar o contato das pessoas que não pensam como nós?
Não. Devemos conviver chamados a conviver pacificamente com todos, colaborando com o bem-estar comum, vivendo o Evangelho sem exigir que os outros nos imitem.

No mundo, somos chamados a conviver com espíritos de natureza diferentes e caracteres opostos, que requisitam de nós a compreensão, o respeito e a cooperação .

5. Podemos viver no mundo sem pertencer a ele, isto é, sem nos deixar envolver pelos vícios, tentações e prazeres mundanos?
É claro que sim. Mas, para isso, é necessário que estejamos com o pensamento sincero constantemente voltado para o Criador que, assim, nos auxiliará a tomar o caminho certo, nos momentos decisivos. Podemos viver os prazeres do mundo, pois a nossa condição humana nos permite. O que não devemos é abusar dos prazeres e a eles nos escravizar.

“Não consiste virtude em assumirdes severo e lúgubre aspecto, em repelirdes os prazeres que as vossas condições humanas vos permitem.”

6. Onde estaria então a perfeição?
Na prática da caridade junto aos nossos semelhantes, conforme nos ensinou Jesus.

Fugir do mundo a título de pureza, na maioria das vezes, é simples hipocrisia.

7. Por que os deveres da caridade alcançam todas as posições sociais?
Porque unicamente na prática da caridade está o caminho que conduz à perfeição, meta que inevitavelmente todos atingiremos, um dia. É, portanto, obrigação que atinge a todos e não a uma determinada camada social somente.

Os deveres da caridade atingem a todos, desde o menor até o maior, porque o cristão existe para servir, independente da posição social que ocupe.

8. Seria meritório o homem isolar-se do mundo, sob a alegação de não querer se contagiar pelos vícios e prazeres terrenos?
Não, pois unicamente no contato com seus semelhantes, nas lutas mais árduas, é que o homem encontra o ensejo de participar da caridade. Enquanto viver a vida do egoísta, ele nada progredirá.

“Aquele, pois, que se isola, priva-se voluntariamente do mai precioso meio de aperfeiçoar-se.”.

Conclusão:

Os vícios, tentações e prazeres do mundo não devem constituir obstáculos para que vivamos bem com os homens de nossa época. Reportando sempre os nossos atos ao Criador, teremos o auxílio e a intuição necessários nos momentos decisivos de nossa vida. O convívio com o semelhante é o meio que Deus nos concede para desenvolver em nós o sentimento de fraternidade e amor ao próximo.