domingo, 8 de setembro de 2013

ESTUDO DO LIVRO " O ESPÍRITO DA VERDADE " - MARIA J. SANCHES

O PRIMEIRO
Cap. VII – Item 3 

“E qualquer que entre vós quiser ser o primeiro seja vosso servo.” – Jesus. (Mateus, 20: 27)

Nos variados setores da experiência humana, encontramos as mais diversas criaturas a buscarem posições de destaque e postos de diretiva. 
Há pessoas que enveredam pelas sendas do comércio e da indústria, em corrida infrene por se elevarem nas asas frágeis da posse efêmera. 
Muitas elegem a tirania risonha no campo social, para se afirmarem poderosas e dominantes. 
Outras pontificam através do intelecto, usando a Ciência como apoio da autoridade que avocam para si mesmas. 
Temos ainda as inteligências que, em nome da inovação ou da arte, se declaram francamente partidárias da delinquência e do vício, para sossegarem as próprias ânsias de fulguração nas faixas da influência. 
Todas caminham subordinadas às mesmas leis, elevando-se hoje, para descer amanhã. 
O império econômico, a autoridade terrestre ou o intelectualismo sistemático possibilitam a projeção da criatura no cenário humano, à feição de luz meteórica, riscando, instantaneamente, a imensidade dos céus. 
Em piores circunstâncias, aquele que preferiu o brilho infernal do crime, esbarra, em breve tempo, com a dureza de si mesmo, sendo constrangido a reunir os estilhaços da vida, provocados por suas ações lamentáveis, na recomposição do destino próprio. 
Grande maioria toma a aparência do comando como sendo a melhor posição, e raros chegam a identificar, no anonimato da posição humilde, o posto de carreira que conduz a alma aos altiplanos da Criação. 
Apesar de tudo, porém, a verdade permanece imutável. 
A liderança real, no caminho da vida, não tem alicerces em re-cursos amoedados. 
Não se encastela simplesmente em notoriedade de qualquer natureza. 
Não depende unicamente de argúcia ou sagacidade. 
Nem é fruto da erudição pretensiosa. 
A chefia durável pertence aos que se ausentam de si mesmos, buscando os semelhantes para servi-los... 
Esquecendo as luzes transitórias da ribalta do mundo... 
Renunciando à concretização de sonhos pessoais em favor das realizações coletivas... 
Obedecendo aos estímulos e avisos da consciência... 
E por amar a todos sem reclamar amor para si, embora na condição de servo de todos, faz-se amado da vida, que nele concentra seus interesses fundamentais. 

Emmanuel