domingo, 24 de outubro de 2010

SEMANA - ESTUDO DO EVANGELHO CAPÍTULO 15 ÍTEM 2 - MARIA J. CAMPOS



FONTE BÁSICA

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo.

FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO

Parábola do Bom Samaritano

Sacerdote: Ministro religioso. Conhecedor das leis.
Levita: Membro da tribo de Levi.
Samaritano: Membro da tribo Samária, dissidente de Israel.


1. O que queria dizer o doutor da lei, com a expressão “possuir a vida eterna”?
Ele referia-se à salvação da alma; ao estado de bem-aventurança, que apenas os espíritos dos justos conseguem alcançar.

“Estamos na Terra para nos aperfeiçoar e , assim, conseguir a vida eterna; por isso, é fundamental que conheçamos os caminhos que a ela conduzem.”

2. O preceito contido na lei daquela época mudou em nossos dias?
Não. Ontem, como hoje, para que tenhamos a vida eterna, devemos cumprir o preceito que diz: “Amarás o Senhor teu Deus de todo coração, de toda a tua alma, com todas as tuas forças e de todo o teu espírito, e a teu próximo como a ti mesmo.”

“Disse-lhe Jesus: Respondeste muito bem; faze isso e viverás.” As leis de Deus são eternas, imutáveis; por isso, no passado como no presente, não se pode chegar a Ele, senão através do amor ao próximo.

3. Que ensinamentos nos trouxe Jesus, com esta parábola?
Jesus nos ensina duas lições fundamentais para a salvação do espírito:

a)Que a prática da caridade é a suprema manifestação de obediência e amor a Deus;
b)Que o “próximo” é todo aquele que encontramos ao nosso lado e necessita de nós.


Jesus não se limita a recomendar a caridade; põe-na claramente, e em termos explícitos como condição absoluta de felicidade futura. “O próximo, a quem precisamos prestar imediata assistência, é sempre a pessoa que se encontra mais perto de nós”.

4. Por que, ao contar esta parábola, Jesus escolheu o samaritano, e não o sacerdote ou o levita, para prestar auxílio ao necessitado?
A fim de deixar bem claro que praticar a caridade não é prerrogativa das pessoas religiosas, mas procedimento comum às almas nobres e compassivas, ainda que, às nossas vistas, pareçam distantes de Deus, por não possuírem religião.

“Jesus coloca o samaritano, considerando herético (homem sem fé), mas que pratica o amor ao próximo, acima do ortodoxo (observador da doutrina), mas que não pratica a caridade.” Não são os rótulos religiosos que nos conduzem à salvação, mas os atos de caridade para com o nosso próximo.

5. Se o samaritano não era religioso, o que levou a socorrer o próximo?
O sentimento de solidariedade e de compaixão pelo semelhante, pois, ao ver o homem ferido e abandonado, o samaritano apiedou-se dele e o socorreu, cuidando, em seguida, para que nada lhe faltasse. Os demais, ao contrário, agiram com indiferença.

“Mas, um samaritano que viajava, chegando ao lugar onde jazia aquele homem e tendo-o visto, foi tocado de compaixão”.
“O viajante compassivo encontra o ferido anônimo na estrada. Não hesita em auxiliá-lo”. Esquece seus próprios interesses e permanece junto dele, enquanto necessário. Nada pergunta, nada exige...


6. A religião não tem, portanto, nenhum valor?
A religião é importante na medida em que contribui para o esclarecimento de seus adeptos, aproximando-os de Deus e tornando-os mais solidários de seus adeptos, aproximando-os de Deus e tornando-os mais solidários e fraternos para com os outros. No entanto, a religião não salva ninguém.

Embora a religião não salve ninguém, seus ensinamentos conferem maior responsabilidade ao seguidor, que já sabe como proceder para salvar-se.

7. Que lição de vida Jesus nos oferece, com a parábola do Bom Samaritano?
Ele nos exorta a olhar em volta e a descobrir as feridas- aparente e secreto- de nossos irmãos; Ele nos estimula a amenizar-lhes as dores, a consolar-lhes as aflições, enfim, a sermos “bons samaritanos”.

“Então, vai, diz Jesus, e faze o mesmo”.
Façamos um exame de consciência e vejamos quantos ”feridos” deixamos desamparados na estrada da vida, por nosso egoísmo e indiferença.


Conclusão:

Não são as práticas exteriores ou os rótulos religiosos que nos conduzem à vida eterna, mas os nossos atos de caridade para com o próximo, por amor a Deus. A religião apenas esclarece.