quarta-feira, 28 de outubro de 2009

SEMANA - ESTUDO DO EVANGELHO - ROTEIRO 25


SERÁ LÍCITO ABREVIAR A VIDA DE UM DOENTE QUE SOFRA SEM ESPERANÇA DE CURA?

FONTE BÁSICA

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Trad. Guillon Ribeiro. 89 ed. Rio de Janeiro. FEB,1984. Cap. V, itens 28. p. 129-30.

FONTES COMPLEMENTARES

1. XAVIER, Francisco C. & PIRES, José H. Eutanásia e vida. Mens. 20. In:_. Diálogo dos Vivos. Por vários espíritos. 2ª. Ed. São Bernardo do campo: GEEM, 1976. p. 122-3.

2. Op. cit. Piedade assassina; mens. 20. p. 124-5.

3. XAVIER, Francisco C. Ciências aplicadas. In:_. O Consolador. Pelo espírito Emmanuel. 9ª. Ed. Rio de Janeiro: FEB, 1982, cap. V, questão 106. p. 70-1.

LER A QUESTÃO DO ITEM 28 E TODA A EXPLICAÇÃO

SUBSEQÜENTE


1. A duração de nossa vida é determinada por quem?
Por Deus, a quem – e somente a Ele – compete tirá-la.

A vida nos foi outorgada por Deus; abreviá-la por nossa iniciativa é interferir nos desígnios da providência e angariar provas para o futuro.

2. A eutanásia consiste em abreviar, sem dor ou sofrimento, a vida de um enfermo, incurável. Não seria essa prática um bem, uma vez que a intenção é impedir que o doente sofra?
Não. Primeiro, porque não nos compete tirar a vida de quem quer que seja; segundo, porque desconhecemos e não podemos pré-julgar os desígnios de Deus; terceiro, porque a morte física não determina o fim do sofrimento.

“O homem não tem o direito de praticar a eutanásia, em caso algum, ainda que a mesma seja a demonstração aparente de medida benfazeja.” (Emmanuel / O Consolador – questão 106)

3. Devemos abreviar a vida dos portadores de doenças que, segundo a ciência, não tem cura?
Em se tratando de moléstia, nunca podemos afirmá-la incurável, porquanto a todo instante novas descobertas científicas surgem, consoante a permissão do Pai. Assim sendo, com podemos ter certeza que algo incurável hoje, não possa ser curável, amanhã?

“A ciência não se terá enganado nunca em suas previsões?”

4. O sofrimento prolongado traz algum benefício para o espírito?
Sim. Nada ocorre sem e a permissão de Deus, e sem que tenha uma finalidade útil. O sofrimento constitui corretivo indispensável para o espírito que errou, e se prolonga de acordo com a necessidade deste. Impedir-lhe que sofra é tirar-lhe a oportunidade de se regenerar perante o Pai.

“A agonia prolongada pode ter finalidade preciosa para a alma e a moléstia incurável pode ser um bem, como a única válvula de escoamento das imperfeições do espírito em marcha para a sublime aquisição de seus patrimônios da vida imortal.” (Emmanuel / O Consolador – questão 106.

5. Que finalidade teria uma vida vegetativa?
Enquanto existe a vida física, o espírito está ligado ao corpo. Estando o espírito sempre ativo, o corpo moribundo pode propiciar-lhe reflexões de valor inestimável, que o auxiliarão na retomada do caminho do bem, se porventura dele se desviou.

“(...) os desígnios divinos são insondáveis e a ciência precária dos homens não pode decidir nos problemas transcendentais das necessidades do Espírito.” (Emmanuel / O Consolador – questão 106.

6. É válido, portanto, sempre prolongar a vida de um doente desenganado?
Sim. É este um dever da mais legítima caridade; é permitir que a provação para o espírito se cumpra até o momento designado por Deus.

“Existe a possibilidade (...) de o doente, no momento mesmo de exalar o último suspiro, reanimar-se e recobrar por alguns instantes as faculdades! Pois bem: essa hora de graça, que lhe é concedida, pode ser-lhe de grande importância.”

7. Muitas vezes, os que desejam abreviar o sofrimento do próximo através da morte, aparentemente agem com bons propósitos. O que pensar a respeito?
Não obstante as boas intenções com que possam estar agindo, são materialistas que só enxergam o corpo. Não compreendendo a existência do espírito, acabam incorrendo em grave erro. Isso quando os bons propósitos não são apenas aparentes, tornando o erro mais grave ainda.

“Mas se partirmos da premissa de que a morte é apenas o fim de uma existência, nossa piedade será assassina.” (Irmão Saulo / Diálogo dos Vivos – mensagem no. 20).