quinta-feira, 29 de outubro de 2009

SEMANA - ESTUDO DO EVANGELHO - ROTEIRO 02


O PONTO DE VISTA

FONTE BÁSICA

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Trad. Guillon Ribeiro. 89 ed. Rio de Janeiro. FEB, 1984. Cap II, itens 5 e 6. p. 70-2.

FONTES COMPLEMENTARES

1. KARDEC, Allan. Da Lei do Trabalho. In:_. O Livro dos Espíritos. Trad. Guillon Ribeiro, 57. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1983. Parte 3ª. Cap. III, pergs 674 a 685 p. 329-31.

2. Op. Cit., Da Lei de Conservação. Parte 3ª, Cap. V. Pergs. 702 a 727. pág. 337-45

3. __. Causas do temor da morte. In:__. O Céu e o Inferno. Trad. Manuel J. Quintão. 30 ed. Rio de Janeiro: FEB, 1983. Parte 1ª. Cap. II, itens 1 a 9 p. 20-5.

4. XAVIER, Francisco C. O grande futuro; mens. 133. In:_Pão Nosso. Pelo Espírito Emmanuel. 5ª. Ed. Rio de Janeiro: FEB 1987. p. 227-8


1. Por que é importante termos uma idéia clara e precisa a respeito da vida futura?
Porque é do conceito que dela fazemos que dependerá a nossa compreensão e aceitação resignada das vicissitudes da vida terrena.

O ponto de vista, sob o qual encaramos a via terrena, depende da idéia clara e precisa que temos sobre a vida futura.

2. O que ocorre com as pessoas que concentram todos os seus esforços e pensamentos na vida terrena?
Fazem de tudo para conseguir os únicos bens que lhes parecem reais (bens materiais) e se sentem diminuídas, sofrendo verdadeiras torturas quando se vêem privadas dos valores e bens terrenos de que eram detentoras.

“Pelo simples fato de duvidar da vida futura, o homem dirige todos os seus pensamentos para a vida terrestre.” “(...) a importância dada aos bens terrenos está sempre em razão inversa à fé na vida futura.”

3. Quando damos mostra de nosso apego aos bens e valores terrenos?
Quando nos atormentamos facilmente diante dos incidentes da nossa vida presente, tais como, uma decepção, uma ambição insatisfeita, uma injustiça de que sejamos vítima, o orgulho ou a vaidade feridos por uma circunstância qualquer, etc.

Quando nos colocamos, pelo pensamento, na vida espiritual, as atribulações são meros incidentes que suportamos com paciência.



4. Por que ocorrem tais situações?
Ocorrem porque os homens interpretam a vida futura sob o ponto de vista de sua vida corpórea. Dessa forma, o mal que os aflige e o bem que atinge os outros tomam vastas proporções. É o que os torna infelizes.

“Àquele que se acha no interior de uma cidade, tudo lhe parece grande: assim os homens que ocupem as altas posições, como os monumentos.”

5. O que sucede ao que encara a vida terrestre do ponto de vista da vida futura?
Percebe que os homens e as coisas são bem pequenos, diante da imensidade, e os lugares e posses materiais conquistados são efêmeros e pouco os elevarão, espiritualmente.

“Percebe, então, que grandes e pequenos estão confundidos sobre um montículo de terra”.

6. Segue-se daí, então, que o homem deve suportar seus sentimentos, acomodado, porque acredita na vida futura?
Não é bem assim, pois a sua felicidade decorre do esforço que fizer hoje, por melhorar o que estiver ao seu alcance e para aceitar com resignação o que não depende de si.

O mérito depende de como o homem se comporta diante, ou na carência, dos bens materiais.

“Não nos cabe, pois, a deserção pela atitude contemplativa e, sim, avançar, confiante, para o grande futuro” (Emmanuel – Pão Nosso)

7. A crença na vida futura faz com que as pessoas se desinteressem pela vida material?
Não. Os que crêem na vida futura sabem que foram colocados na Terra pela Providência Divina e que devem, portanto, trabalhar para melhorar todas as coisas.

O instinto de progresso e da conservação está nas leis da natureza, levando o homem a se esforçar por melhorar o seu bem-estar.

8. À medida que a compreensão sobre a vida futura aumenta, de que modo as pessoas passam a encarar os bens terrenos?
Como elementos que servem para contribuir ou facilitar o seu progresso moral, embora não de modo essencial; passam a compreender que podem usufruí-los, sem, no entanto, deter a sua posse e, por isso mesmo, não lhes dão tanta importância, procurando não se apegar a eles.

“Deus, conseguintemente, não condena os gozos terrenos; condena sim, o abuso desses gozos em detrimento das coisas da alma”.