quinta-feira, 29 de outubro de 2009

SEMANA - ESTUDO DO EVANGELHO - ROTEIRO 12


CAUSAS ANTERIORES DAS AFLIÇÕES

FONTE BÁSICA

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Trad. Guillon Ribeiro. 89 ed. Rio de Janeiro. FEB,1984. Cap. V, itens 6 a 9 p. 105 a 108.

FONTES COMPLEMENTARES

1. FRANCO, Divaldo P. Provações; mens. 21. In:_. Lampadário Espírita. Pelo espírito Joanna de Angelis. 3ª. Ed. Rio de Janeiro: FEB, 1978. p. 91-3

2. _. Seu Hoje – Sua Vida; mens. 7. In:_. Luz Viva. Pelos espíritos Joanna de Angelis e Marco Prisco. 2ª. Ed. Salvador: Livraria Espírita Alvorada Editora, 1984. p. 47-9.

LER O ITEM 6

1. De que natureza são as causas que dão origem às aflições do homem?
Podemos classificá-las em dois grupos: as aflições cuja causa primária é o próprio homem e aquelas que, pelo menos na aparência, escapam totalmente à sua influência e parecem atingi-lo como por fatalidade.

Há, portanto, os reveses e acidentes que o homem provoca com sua irresponsabilidade e imprudência e outros que nenhuma previsão poderá impedir.

2. Como podemos explicar a felicidade de uns e o padecimento de outros, sem negar a justiça e a bondade de Deus?
Procurando as causas anteriores que lhes deram origem e que, se não podem ser encontradas na presente existência, devem ser buscadas em existências passadas.

Deus a ninguém pune sem justa causa; se somos punidos é porque fizemos o mal; se não na vida presente, certamente em outra.

3. O homem que pratica o mal é sempre punido no decorrer da mesma existência?
Nem sempre. Ele pode ser totalmente punido naquela existência, como pode sê-lo parcialmente ou, ainda, não receber, neste período, qualquer punição. Porém, não escapa nunca às conseqüências de suas faltas.

“A prosperidade do mau é apenas momentânea; se ele não expiar hoje, expiará amanhã, ao passo que aquele que sofre está expiando o seu passado.”

LER O ITEM 7

4. A que se deve o sofrimento do homem?
De um lado, às faltas por ele cometidas, seja nesta, seja em vidas anteriores: pela ação de uma rigorosa justiça distributiva, sofre o que fez sofrer aos outros. De outro lado, em decorrência da destinação da Terra como mundo expiatório, onde o homem encarna em virtude de suas imperfeições.

“Se foi duro e desumano, poderá ser a seu turno tratado duramente e com desumanidade; (...) se foi avaro e egoísta, ou se fez mau uso de sua riqueza, poderá ver-se privado do necessário.”

LER O ITEM 8

5. As atribulações são impostas aos espíritos ou por eles buscadas?
Ocorrem as duas situações: aos espíritos endurecidos e ignorantes são impostas tribulações para que se esclareçam e busquem, na prática do bem, a libertação do sofrimento; os espíritos penitentes, detentores de maior esclarecimento, buscam espontaneamente as tribulações, desejosos de reparar o mal que hajam feito.

“As tribulações, portanto, são ao mesmo tempo, expiações do passado, que recebe nelas merecido castigo, e provas com relação ao futuro, que elas preparam.”

LER O ITEM 9

6. Pode-se concluir que todo sofrimento se origina de uma falta praticada pelo espírito?
Nem sempre existe esta relação. Muitas vezes o espírito nada tem a reparar, mas busca, no sofrimento, as provas de que necessita para concluir sua depuração e ativar seu progresso.

“Sem dúvida, o sofrimento que não provoca queixumes pode ser uma expiação; mas é indício de que foi buscado voluntariamente (...), o que é sinal de progresso.”

7. Qual a diferença entre expiação e prova?
Expiação é correção imposta ao espírito, provocando-lhe quase sempre queixumes, desespero, revolta. Prova é uma tarefa, uma missão marcada pelo sofrimento, que o espírito pede para aperfeiçoar-se.

“Provas e expiações, todavia, são sempre sinais de relativa inferioridade do espírito, porquanto o que é perfeito não precisa ser provado.””

8. Como podemos aplicar esta lição em nossa vida?
Enfrentando nossas tribulações sem revolta, com resignação e paciência, certos de que a justiça divina não nos deixaria sofrer sem uma causa; e tentando fazer do sofrimento uma fonte de purificação e progresso espiritual.

Aquele que muito sofre deve reconhecer que muito tem a expiar e deve enfrentar com ânimo as vicissitudes, sabendo que nelas está sua libertação da dor e o acesso para sublimes alegrias.